sexta-feira, abril 10, 2009

Por que Cristo morreu na Cruz? Marcos 15.21-47


Todas as religiões e ideologias têm seu símbolo visual, que exemplifica um aspecto importante de sua história ou crenças.

As ideologias seculares deste século também possuem seus sinais que são universalmente reconhecíveis. O martelo e a foice do marxismo, adotados em 1917 pelo governo soviético e retirados de um quadro belga do século dezenove, representam a indústria e a agri­cultura.

Da suástica, por outro lado, há vestígios de 6.000 anos atrás. As pontas se dobram para a direita, simbolizando ou o movimento do sol no céu, ou o ciclo das quatro estações, ou o processo de criatividade e prosperidade ("svasti" em sânscrito significa "bem-estar"). No início deste século, porém, alguns alemães adotaram a suástica como símbolo da raça ariana. Então Hitler se apossou dela e ela passou a representar a sinistra intolerância racial nazista.

O Cristianismo, portanto, não é exceção quanto a possuir um símbolo visual. Todavia, a cruz não foi o primeiro. Por causa das selvagens acusações dirigidas contra os cristãos, e da perseguição a que estes foram submetidos, eles tiveram de "ser muito circunspectos e evitar ostentar sua religião. Assim a cruz, agora símbolo universal do Cristianismo, a princípio foi evitada, não somente por causa da sua associação direta com Cristo, mas também em virtude de sua associação vergonhosa com a execução de um criminoso comum." De modo que nas paredes e tetos das catacumbas (sepulcros subterrâneos na periferia de Roma, onde os cristãos perseguidos provavelmente se esconderam), os primeiros motivos cristãos parecem ter sido ou pinturas evasivas de um pavão (que se dizia simbolizar a imortalidade), uma pomba, o louro dos atletas ou, em particular, de um peixe. Somente os iniciados saberiam, e ninguém mais poderia adivinhar que ichthys ("peixe") era o acrônimo de Iesus Christos Theou Huios Soter ("Jesus Cristo Filho de Deus Salvador"). Mas o peixe não permaneceu como símbolo cristão, sem dúvida porque a associação entre Jesus e o peixe era meramente acronímica (uma disposição fortuita de letras) e não possuía nenhuma importância visual.

Um símbolo cristão universalmente aceito teria, obviamente, de falar a respeito de Jesus Cristo, mas as possibilidades eram enormes:

“Os cristãos podiam ter escolhido a manjedoura em que o menino Jesus foi colocado, ou o banco de carpinteiro em que ele trabalhou durante sua juventude em Nazaré, dignificando o trabalho manual, ou o barco do qual ele ensinava as multidões na Galiléia, ou a toalha que ele usou ao lavar os pés dos apóstolos, a qual teria falado de seu espírito de humilde serviço. Também havia a pedra que, tendo sido removida da entrada do túmulo de José, teria proclamado a ressurreição. Outras possibilidades eram o trono, símbolo de soberania divina, o qual João, em sua visão, viu que Jesus partilhava, ou a pomba, símbolo do Espírito Santo enviado do céu no dia do Pentecoste. Qualquer destes sete símbolos teria sido apropriado para indicar um aspecto do ministério do Senhor”.

Mas, pelo contrário, o símbolo escolhido foi uma simples cruz. Seu formato já simbolizavam, desde a remota antigüidade, os eixos entre o céu e a terra. Mas a escolha dos cristãos possuía uma explicação mais específica. Desejavam comemorar, como centro da compreensão que tinham de Jesus, não o seu nascimento, nem o seu ensino nem o seu serviço, nem a sua ressurreição nem o seu reino, nem a sua dádiva do Espírito, mas a sua morte e a sua crucificação.

A crucificação

Os gregos e os romanos se apossaram da crucificação que, aparentemente, fora inventada pelos "bárbaros" que viviam à margem do mundo conhecido. E ela, com toda a probabilidade, o método mais cruel de execução jamais praticado, pois deliberadamente atrasa a morte até que a máxima tortura seja infligida. Antes de morrer, a vítima podia sofrer durante dias. Ao adotarem a crucificação, os romanos a reservaram para assassinos, rebeldes, ladrões, contanto que também fossem escravos, estrangeiros ou pessoas sem posição legal ou social. Os judeus, portanto, se enraiveceram quando o general romano Varus crucificou 2.000 dos seus compatriotas em 4 a.C, e quando, durante o cerco de Jerusalém, o general Tito crucificou tantos fugitivos da cidade que não se podia encontrar "espaço. . . para as cruzes, nem cruzes para os corpos".

Os cidadãos romanos, a não ser em casos extremos de traição, estavam isentos de crucificação. Cícero, num de seus discursos, condenou-a como crudelissimum taeterrimumque supplicium, "um castigo muitíssimo cruel e repugnante". Um pouco mais tarde ele declarou: "Atar um cidadão romano é crime, chicoteá-lo é abominação, matá-lo é quase um ato de assassínio: crucificá-lo é — o quê? Não há palavras que possam descrever ato tão horrível".

Se os romanos viam com horror a crucificação, da mesma forma viam-na os judeus, embora por motivos diferentes. Os judeus não faziam distinção entre o "madeiro" e a "cruz", entre o enforcamento e a crucificação. Eles, portanto, automaticamente aplicavam aos cri­minosos crucificados a terrível declaração da lei de que "o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus" (Deuteronômio 21:23). Eles não podiam crer que o Messias de Deus morreria sob a maldição divina, pendurado num madeiro.

O fato de a cruz se tornar um símbolo cristão, e que os cristãos, teimosamente, se recusaram, apesar do ridículo, a descartá-lo em favor de alguma coisa menos ofensiva, só pode ter uma explicação. Significa que a centralidade da cruz teve origem na mente do próprio Jesus. Foi por lealdade a ele que seus seguidores se apegaram com tanta tenacidade a esse sinal.

Por que a Cruz é central?

Marcos deixa-nos claro isso:

“Jesus então começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que depois de três dias ressuscitasse. E isto ele expunha claramente (Marcos 8:31-32).

Tendo esta evidência, suprida pelos escritores dos Evangelhos, o que podemos dizer sobre a perspectiva de Jesus acerca da sua própria morte? Além de qualquer dúvida, ele sabia que ela ia acontecermas no sentido em que ele teria uma morte violenta, prematura e, contudo, intencional. Mais do que isso, ele apresenta três motivos interligados para sua inevitabilidade. — não no sentido em que todos nós sabemos que morreremos um dia,

Primeiro, ele sabia que ia morrer por causa da hostilidade dos líderes nacionais judaicos. A atitude para com a lei em geral, e para com o Sábado em particular, os enraivecia. Quando ele insistiu em curar numa sinagoga, no dia de Sábado, um homem que tinha a mão ressequida, Marcos nos diz que "retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida" (3:6).

Segundo, ele sabia que ia morrer porque era isto o que estava escrito nas Escrituras acerca do Messias. "Pois o Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito" (Marcos 14:21

"Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (Lucas 24:25-26; cf. versículos 44-47).

A oposição da hierarquia e as predições da Escritura, contudo, em si mesmas não explicam a inevitabilidade da morte de Jesus. O terceiro e mais importante motivo pelo qual ele sabia que ia morrer era sua própria escolha deliberada. Ele decidiu cumprir o que estava escrito acerca do Messias, por mais doloroso que fosse. Essa atitude não era nem fatalismo nem complexo de mártir. Simplesmente ele cria que a Escritura do Antigo Testamento era a revelação do Pai e que estava totalmente decidido a realizar a vontade do Pai e terminar a obra do Pai. Além disso, seu sofrimento e morte não seriam sem propósito. Ele tinha vindo "buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10). Era pela salvação dos pecadores que ele morreria, dando a sua vida em resgate por eles (Marcos 10:45). Assim, ele tomou a firme decisão de ir para Jerusalém. Nada o deteria nem o desviaria do seu objetivo. Daí o repetido "deve" quando ele fala da sua morte. O Filho do homem deve sofrer muitas coisas e ser rejeitado. Tudo o que foi escrito a respeito dele deve ser cumprido.

De forma que, embora ele soubesse que devia morrer, não morreria por ser uma vítima indefesa das forças do mal dispostas contra ele, nem de um destino inflexível contra ele decretado, mas porque de livre vontade abraçou o propósito do Pai com o fim de salvar os pecadores, como a Escritura havia revelado.

Como é que os cristãos podem encarar tal ridículo sem mudar de posição? Por que nos apegamos à velha e rude cruz, e insistimos em sua centralidade, recusando-nos a deixar que ela seja empurrada para a periferia de nossa mensagem? Por que devemos proclamar o que é escandaloso, e gloriarmo-nos no que é vergonhoso? A resposta jaz na simples palavra "integridade". A integridade cristã consiste par­cialmente numa resolução de desmascarar as caricaturas, mas prin­cipalmente na lealdade pessoal a Jesus, em cuja mente a cruz salvadora ocupava o centro. Deveras, todos os leitores que se apro­ximaram, sem preconceito, das Escrituras, parecem ter chegado à mesma conclusão. Eis um exemplo extraído deste século.

P. T. Forsyth, congregacionalista inglês, escreveu em A Crucialidade da Cruz (1909):

Cristo é para nós o que o é a cruz. Tudo o que Cristo foi no céu ou na terra foi colocado no que ele fez aí. . . Cristo, repito, é para nós justamente o que a cruz o é. A pessoa não pode compreender a Cristo até que compreenda a sua cruz.

Emil Brunner: “A cruz é o símbolo da fé cristã, da igreja cristã, da revelação de Deus em Jesus Cristo. . . Toda a luta da Reforma pela sola fide, o soli deo gloria, não passou de uma luta pela in­terpretação correta da cruz. Aquele que compreende cor­retamente a cruz — e esta é a opinião dos reformadores — compreende a Bíblia, compreende a Jesus Cristo”.

Minha citação final é extraída do erudito anglicano, bispo Stephen Neill:

“Na teologia histórica cristã a morte de Cristo é o ponto central da história; para aí todas as estradas do passado convergem; e daí saem todas as estradas do futuro”

Por que Jesus Morreu?

a) Jesus morreu para que pudéssemos viver por meio dEle, que é salvação;

“Foi assim que Deus mostrou o seu amor por nós: ele mandou o seu único Filho ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele. E o amor é isto: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e mandou o seu Filho para que, por meio dele, os nossos pecados fossem perdoados”. (1 João 4.9,10).

“Dificilmente alguém aceitaria morrer por uma pessoa que obedece às leis. Pode ser que alguém tenha coragem para morrer por uma pessoa boa. Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado. E, agora que fomos aceitos por Deus por meio da morte de Cristo na cruz, é mais certo ainda que ficaremos livres, por meio dele, do castigo de Deus. Nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho” (Romanos 5.7-10)

b) Jesus morreu para que possamos viver por Ele, que é a entrega integral do que somos;

“Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem, Jesus Cristo, morreu por todos, o que quer dizer que todos tomam parte na sua morte. Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles”. (2 Coríntios 5.14,15).

c) Jesus morreu para podermos viver com Ele, que é a glorificação

“Deus não nos escolheu para sofrermos o castigo da sua ira, mas para nos dar a salvação por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para podermos viver com ele, tanto se estivermos vivos como se estivermos mortos quando ele vier”. (I Ts 5.9-10).

Rev. Ézio Lima

segunda-feira, abril 06, 2009

A cruz e o túmulo vazios



“E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo...” (Marcos 16.2)

As mulheres foram ao túmulo com o propósito de embalsamar o corpo de Jesus. Elas não puderam fazê-lo no dia anterior, mas agora antes do pôr-do-sol queriam conceder-lhe um pouco de dignidade...

Elas, contudo, não puderam perfumar o corpo de Jesus. A morte não pode ser celebrada ou festejada. A morte é o inimigo a ser vencido, não o amigo a ser celebrado. Elas, porém, são surpreendidas com a visão do túmulo vazio... Ficam perturbadas, ansiosas, angustiadas: “Onde colocaram o corpo do Senhor?”, perguntavam. “Ah por que procuram entre os mortos aquele que vive?”, é a resposta angelical.

No próximo domingo os cristãos celebram a Páscoa. Para nós esta data é o momento de rememorar a visita ao túmulo vazio e o encontro com o Cristo Ressurreto. Não iremos à cruz ou ao túmulo para encontrar a Jesus. Não! Os que crêem em Cristo sabem que a sua cruz e o seu túmulo estão vazios.

A cruz está vazia! “Por isso Jesus é o Grande Sacerdote de que necessitamos. Ele é perfeito e não tem nenhum pecado ou falha... Ele ofereceu um sacrifício, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo (Hebreus 7.26-27). Na cruz, Cristo consumou a propiciação pelos nossos pecados. Pagou a nossa dívida. Morreu a nossa morte. Reconciliou-nos consigo mesmo. Fez o caminho livre. Pecadores são justificados e aqueles que antes viviam como inimigos de Deus podem agora gozar da plena comunhão e paz com Ele: “Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dele pela morte de Cristo na cruz” (Efésios 2.13).

O túmulo de Cristo também está vazio! Por isso ele se tornou o símbolo da nossa vitória sobre a morte, o último inimigo a ser vencido. O túmulo vazio mostra-nos que as aparências enganam; e é por isso que não podemos andar segundo as aparências: “Visto que andamos por fé, e não pelo que vemos” (II Co 5.7). A cruz não é o fim, mas a estrada para um novo começo. “Na teologia histórica cristã a morte de Cristo é o ponto central da história; para aí todas as estradas do passado convergem; e daí saem todas as estradas do futuro” (Stephen Neill). O túmulo de Cristo, imagem de aparente derrota, torna-se para os que nEle crêem símbolo da vitória sobre a morte e sobre os poderes de morte.

A cruz e o túmulo de Cristo estão vazios! Aleluia! Podemos celebrar a Páscoa!

Rev. Ézio Martins de Lima

domingo, abril 05, 2009

COMO RECEBEREMOS O SALVADOR?

Hôsshiah-nâ” Hosana ( Salva-nos, por favor)

“Bendito o que vem em nome do Senhor”

“E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas! E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este?” (Mateus 21.9-10)


Neste domingo o mundo cristão celebra o início da semana da paixão do Senhor Jesus Cristo. O domingo que antecede o domingo de páscoa é denominado de “Domingo de Ramos e da Paixão”. A entrada de Jesus em Jerusalém é o cumprimento da profecia de Zacarias 9.9.

Os imperadores e reis da antiguidade entravam nas cidades depois de suas vitórias em guerras montados em suntuosos cavalos. Jesus, contudo, entra na cidade de Jerusalém, montado em um jumentinho; um animal considerado transporte de pobres. O Seu Reino é diferente, assim como o seu caminhar em direção à cruz e sua morte nela é vista aos olhos humanos como uma aparente derrota e fracasso. Por isso Paulo escreveu à igreja de Corinto: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (I Co 1.18)

Voltemos nossa imaginação para visualizar a entrada de Jesus em Jerusalém. Imagine “O grande Portal” de Jerusalém, construído por Herodes Antipas. Imagine uma multidão.

Mateus nos informa que esta multidão era composta por dois grandes grupos. Vejamos como estes grupos reagem à entrada de Jesus em Jerusalém:

Muitos louvam a Jesus, reconhecendo-o como o Messias (Mateus. 21.9)

Estes gritavam: “Hosana (Literalmente é “Hôsshiah-nâ”: “Salva-nos, por favor”) Bendito o que vem em nome do Senhor”. Esta declaração é o reconhecimento de que para esta parte da multidão Jesus era visto como o Messias, o Salvador, o Enviado de Deus para salvar Israel.

Para entendermos as ações desta parte da multidão é bom lermos II Reis 9. O verso 13 relata que o povo de Israel estendeu os seus mantos no chão para que, Jeú, ungido como Rei, pudesse passar. Tal ato demonstrava: a) o reconhecimento de sua autoridade; b) decisão de serem submissos.

Outros, vítimas de seu preconceito e ignorância, permanecem incrédulos (Mateus 21.10)

“Quem é este?”, é a pergunta dos que não o compreendem, e por isso o negam. O Evangelho de João nos revela que os fariseus diziam entre si: “Não estamos conseguindo impedi-lo. Olhem como o mundo todo vai atrás dele”. (João 12.19).

Esta parte da multidão, assim como os demais, era também composta de pessoas que esperavam que Deus viesse socorrer o povo de Israel. Contudo, não se aproximaram de Jesus a fim de conhecê-lo. Emitiram juízo a partir de seus preconceitos. Fecharam-se para a graça de Deus porque ao invés de estenderem as vestes e os ramos, numa declaração de louvor e fé, cobriram-se com a capa da incredulidade e com a coroa da ignorância.

Este é o grupo dos que esperam por Deus, mas por um deus que se enquadre nas suas expectativas. Um deus moldado segundo os seus próprios conceitos e caprichos. Um deus que está preso aos hábitos religiosos e doutrinários criados pelo seu próprio entendimento, ou pela religiosidade aparente, sem conhecimento e sem vida verdadeira oriunda da experiência concreta com Deus. Que grande perigo a religião pode ser! Que grande tragédia nosso preconceito pode nos causar!

Em qual grupo nos encontramos?

É importante que neste Domingo de Ramos voltemos nossos olhos para nós mesmos e nos perguntemos: Como eu tenho recebido Jesus na minha vida? O Senhor que entrou em Jerusalém, morreu na cruz e ressuscitou, deseja manter um relacionamento pessoal conosco. Está é a proposta inaudita da fé Cristã: Deus vem ao nosso encontro através do Seu Filho, Cristo Jesus, de forma pessoal, particular, para que possamos ter um relacionamento pessoal com Ele.

Estejamos entre aqueles que se alegram e festejam a presença do Salvador, e não entre aqueles que ficam à margem, incapazes de irem até Jesus e conhecê-lo como Ele realmente é. Que não se encontrem em nossos lábios as palavras da negação, que são o fruto da falta de entendimento e da experiência com ele: “quem é este?”. Pelo contrário! Que possamos dizer: “Hosana: Salva-nos, pois te Ti carecemos!”. Entendamos nossas vestes, rendamos o nosso coração a Ele e entreguemos, pois, a nossa vida ao Seu Senhorio.

Rev. Ézio Martins de Lima