sexta-feira, fevereiro 01, 2008

CRISES

As crises nos atingem –a todos– de diversas maneiras.
Elas são atrevidas.
Invadem todos os lugares. Entram nas favelas e nos palácios. Agridem qualquer pessoa: grandes empresários, desempregados, os “feios”, os belíssimos, os iletrados, os doutores; os sem fé e até mesmo os religiosos fervorosos. A crise nos nivela. Somos irmãos e irmãs nas crises.
Quando somos atingidos pelas crises, ficamos sem rumo. Não poucas vezes achamos que Deus está nos castigando, ou que fomos abandonados por Ele.
Devemos recordar, contudo, que “os heróis da bíblia” enfrentaram grandes dores:
* Deus em sua soberania poderia ter evitado que os israelitas fossem escravizados por 400 anos no Egito.
* Deus poderia ter impedido que Daniel fosse lançado na cova dos leões.
* Deus poderia ter evitado que Paulo tivesse um espinho na carne (possivelmente uma enfermidade nos olhos).
* Deus poderia ter evitado que João fosse exilado na ilha de Patmos.
* Deus poderia ter impedido que você fosse traído, injuriado, criticado, acusado injustamente, sofresse grandes perdas, fosse atingido por determinada enfermidade, passasse por grandes decepções e muitas dores magoassem seu coração.
Deus não impediu que a crise atingisse os heróis bíblicos e nem que você e eu fôssemos matriculados na “escola das crises”.
Por quê?
Ora, podemos sofrer por escolhas equivocadas, por decisões precipitadas, por displicência e pecado... Mas podemos sofrer também por causa das atitudes dos outros (e pecados dos outros). E devemos ser sinceros em admitir que simplesmente não conseguimos descobrir “a causa” de algumas ‘crises’. Independente da causa, contudo, nas crises temos a possibilidade de amadurecer. A crise pode ser pedagógica, dependendo, óbvio, da maneira que a enfrentamos.
Nas crises podemos aprender sobre Deus, sobre as pessoas e sobre nós mesmos, verdades que não poderiam ser descobertas de nenhum outro modo...
Nas crises aprendemos a não confiar em nós mesmos e a depender dos recursos de Deus... Descobrimos que não somos tão autônomos como pensávamos, tão bons, tão espertos...
Crises têm o potencial de desenvolver “musculatura espiritual e emocional” em cada um de nós.
Crises, contudo, não nos amadurecem automaticamente. Alguns se tornam mais rígidos, ranzinzas, pessimistas e ainda mais incrédulos e vingativos.
Quando a crise bater à sua porta, coopere para que fique um fruto bom em sua vida:
* Afirme que Deus é bom.
* Nunca duvide do Seu amor.
* Seja agradecido (mesmo não compreendendo)
* Recuse a “jogar a toalha” e desistir da luta.
* Ore, Ore e Ore. (Seja humilde e peça para orarem por você)
* Não se afaste da igreja e busque a mentoria espiritual
* Não tenha vergonha de chorar, mas não se esqueça de rir também (temos sempre motivos para as duas coisas... sempre!)
* Lembre-se que Jesus é o “varão de Dores”. Ele conhece todos os caminhos da crise e da dor, e Ele é o “nosso pastor”. E ele quer o melhor para você! Creia!
Vida vitoriosa não é vida sem crises. Vida vitoriosa é permanecer fiel ao Deus Eterno em toda e qualquer circunstância. Vida vitoriosa começa quando ouvimos o convite de Jesus para estar com Ele e, assim, caminhamos seguindo os seus passos!


Rev. Ézio Martins de Lima