“...Cristo Morreu”
(Rm 14.9)
A morte de Cristo na cruz é fato central para o cristianismo. É interessante notar que é da palavra latina "cruz" que vem a palavra "crucial", isto é, central, importante. Um teólogo escreveu que “Para os budistas não importa muito como Buda faleceu, mas faria toda a diferença para os cristãos se Jesus tivesse morrido de um ataque cardíaco nas praias do Mar da Galiléia”.
A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado.
Nestes dias milhares de pessoas têm se emocionado com o filme “Paixão de Cristo“, exibido nos cinemas do mundo todo. Alguns assistem e ficam escandalizados, outros são tomados de intensa piedade. Ora, a cruz não é a derrota de um Deus que pretende nos atrair causando-nos algum tipo de piedade! Tanto o escândalo como a piedade são uma negação do real sentido da Cruz de Cristo.
O apóstolo Paulo escreveu: "Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus . . . nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios" (1 Coríntios 1:18,23). \
Para os que crêem a cruz é mais que um símbolo a ser levado no pescoço ou pendurado nas paredes da igreja. É o caminho de Deus para salvar todo aquele que crê.
Queira Deus sempre nos manter conscientes da cruz de Cristo e do seu sentido!
“... e ressuscitou”
(Rm 14.9)
É difícil imaginar alguma coisa mais sem esperança do que um enterro. Quando o corpo de Cristo foi removido da cruz, envolvido num limpo pano de linho e colocado num novo túmulo que havia sido escavado na rocha, quantos dentre os que olhassem para aquele túmulo teriam alguma fé que lhes desse a esperança de ver em três dias aquele cadáver com vida permanente, andando de novo entre os homens? Mas foi isso que aconteceu. A vara de Arão floresceu. A árvore sem folhas em que o Salvador morreu encheu-se de flores. O que estava totalmente morto antes se tornou vida, e a sua morte tornou-se o portal para a vida eterna.
Uma coisa que a ressurreição nos ensina é que não é para confiarmos nas aparências. A árvore sem folhas diz, por sua aparência, que não haverá um novo desabrochar. O corpo de Jesus naquele túmulo novo de José de Arimatéia parecia indicar o fim de tudo para Cristo e para os seus discípulos. A flacidez do corpo de um crente recém-falecido dá a idéia de uma derrota permanente. Contudo, como são falsas todas essas aparências! A árvore vai florir de novo. Cristo ressuscitou ao terceiro dia de acordo com as Escrituras, e o cristão ressuscitará ao ser dada a palavra de ordem do Senhor, ao ser ouvida a voz do arcanjo (I Ts. 4.16)
Pela fé podemos suplantar a aparência de derrota, sabendo que, por fim, o verdadeiro crente não poderá ser derrotado. São palavras de Jesus: “Porque eu vivo, vós também vivereis”. (João 14.19). Esta é a mensagem da páscoa. Que mensagem abençoada para o mundo todo, se ao menos as pessoas nela cressem!
“Cristo morreu e ressuscitou para esse fim mesmo, para que pudesse ser nosso Senhor, tanto enquanto vivermos como quando morrermos”.
(Rm 14.9 – Bíblia Viva)
Rev. Ézio Lima