sexta-feira, março 16, 2007

OS PARADOXOS DA ORAÇÃO...

“Não andeis ansiosos e agitados, correndo de um lado para o outro; o melhor a fazer é orar entregando tudo nas mãos de Deus com alegria no coração. E a paz de Deus, que vai além da nossa compreensão, guardará nosso coração de coisas desnecessárias e manterá nossa mente no foco certo” (Filipenses 4.6-7 - Tradução livre do texto em grego)

Nosso tempo é marcado pela pressa, agitação e o estresse. Vivemos sob a ditadura das horas marcadas! Tal e qual o coelho do conto "Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, estamos sempre atrasados, sempre com pressa... e nem sempre sabemos o porquê ou em qual direção estamos indo!
Diagnosticamos que algo está errado com toda esta agitação! Nem sempre, contudo, sabemos qual a profilaxia capaz evitar ou nos curar das suas conseqüências. E há alguma?
Este Congresso de Oração é o “SIM” que corajosamente a fé cristã procura dar a esta pergunta. E obviamente isto parece ser um paradoxo! Afinal, neste tempo de fast food, de relacionamentos virtuais e de pílulas que fazem de “quase tudo” (engordar, emagrecer... e até ser feliz!!), orar parece ser coisa de gente que não tem o que fazer! Até que começamos a orar e aprendemos que a oração nos leva mesmo viver inúmeros paradoxos. Eu particularmente gosto do paradoxo de que o tempo gasto com a oração me faz sempre ganhar tempo!
É neste tempo da agitação, da pressa, da insegurança e do medo, que somos chamados a voltar nossos olhos para Deus e reaprender a orar! Algumas pesquisas científicas têm demonstrado que a oração traz ótimos benefícios para a saúde integral do ser humano. Li o resultado de uma dessas pesquisas na qual o autor comprova, por exemplo, que pessoas que oram diariamente são mais felizes, menos ansiosas, menos propensas às cardiopatias e até sofrem menos resfriados!!
Nosso Deus é realmente maravilhoso! Além de conceder-nos o privilégio indizível, que é a Sua presença de Amor, ainda nos dá um pacote completo de benefícios!
E ainda há quem não crê!
E ainda há quem não ore...
Vai entender...!

Rev. Ézio Martins de Lima

Ps. Texto publicado no boletim do II Congresso de Oração no dia 16/03/07.

quinta-feira, março 15, 2007

Uma Boca Fechada e um Coração Mudo

Em um tempo de métodos e estratégias... estas palavras do profeta A. W. Tozer ganham um significado ainda mais profundo!


"Escandesceu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; então disse com a minha língua..." Salmos 39:3
A oração entre os cristãos evangélicos está sempre em perigo de degeneração, numa busca incessante pelo ouro. Quase todo livro sobre oração trata primariamente com o elemento "receber". Como conseguir coisas que queremos de Deus ocupa a maioria do espaço. Ora, nós admitimos alegremente que podemos pedir e receber dons especiais e sermos beneficiados com a resposta à oração, mas nunca devemos esquecer que a qualidade mais alta da oração nunca é a composição de pedidos. A oração em seu momento mais santo é o entrar na presença de Deus, num momento de bendita união, de uma forma que faz com que os milagres pareçam enfadonhos e as respostas extraordinárias às orações algo muito menos admirável por comparação.
Homens santos de momentos mais sóbrios e quietos do que os nossos, conhecem bem mais o poder do silêncio. Davi disse, "Com silêncio fiquei qual um mundo; calava-me mesmo acerca do bem; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; então disse com a minha língua...". Há uma dica aqui para os profetas modernos de Deus. O coração raramente pega fogo quando a boca está aberta. Uma boca fechada diante de Deus e um coração mudo são indispensáveis para a recepção de certos tipos de verdade. Nenhum homem é qualificado para falar se primeiro não ouvir.
“Senhor, ensina-me a fechar minha boca. Eu amo pregar; Tu tens me dado oportunidades para ensinar; eu sou chamado para dispensar avisos e conselhos. Mas o sentar em silêncio diante de Ti, com minha boca fechada - eu quase não faço o suficientemente. Amém”.

A. W. Tozer