sábado, dezembro 29, 2007

Viver e esperar


Viver e esperar são dois verbos que conjugamos permanentemente em nossa existência. Nestes últimos dias do ano as pessoas se preparam para esperar um novo ano. A passagem do ano velho para o ano novo é celebrada com religiosidade, misticismo e muita superstição. É preciso matar o velho ano na expectativa de que o novo seja melhor. Ledo engano, nós sabemos. A passagem de um ano para o outro em nada, ou quase nada, pode mudar a nossa vida. Crer nisso, contudo, traz uma dose de ânimo e esperança para muitos cuja vida tem sido um desejo permanente por uma nova oportunidade de reescrever a própria história.
Affonso Romano de Sant’anna escreveu um artigo interessante, publicado no Correio Brasiliense de 31/12/06. O título do artigo era “Parar o tempo”. Sant’anna escreveu que alguns franceses bem humorados estão espelhando pela internet, bem como em vários jornais da Europa, que irão parar o tempo. Dizem que ‘celebrar um novo’ ano é celebrar a morte, porque o passar do tempo abrevia a morte. É preciso parar o tempo, dizem os franceses. Sant’anna, bem humorado, disse que as mulheres brasileiras na faixa dos 30 anos estão se manifestando em prol desta campanha. Afinal, deve ser mais barato parar o tempo que investir em cosméticos e operações plásticas de rejuvenescimento. No final do artigo ele escreve: “Aliás, se permitem, um último comentário. Sendo a luta humana contra o tempo um luta irremediavelmente perdida, só nos resta uma alternativa: entrar no jogo e tentar empatar a partida. E a maneira de empatar o jogo é viver o presente de tal modo que pareça que não apenas subjugamos o tempo, mas que o transcendemos”.
A melhor metáfora para a vida e esta espera por algo que mude a vida, é imaginar a existência humana como uma viagem a bordo de um barco em alto-mar. Alguns estão à deriva. São levados pelas ondas. Seus barcos não têm direção. Vivem como que embalados pelo enredo da letra do samba: “Deixa a vida me levar, vida leva eu...”. Outros entregaram os remos. Desistiram de remar. Estão desiludidos. Sem esperança! Outros, não sabem que estão no barco, não sabem que estão no mar. Não sabem que existe um porto, não sabem que estão perdidos distantes dele. Estes vivem no auto-engano. A vida é uma fantasia, uma ilusão.
Alguns, contudo, sabem que há um porto. Vivem com a certeza de que há um porto seguro e que o seu barco chegará ao destino final, a despeito das circunstâncias, a despeito da fúria dos vendavais e das ondas que soçobram o barco e ameaçam encobri-lo. Seus olhos estão focados na direção correta! Por isso, “remam, sem desanimar, no mar que ainda está pela frente, conservam os olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus. Pensam no sofrimento dele e como suportou com paciência o ódio dos pecadores. Assim, não desanimam, nem desistem” (Paráfrase do texto de Hebreus 12.2-5, versão Nova Tradução Linguagem de Hoje)

Rev. Ézio Martins de Lima

domingo, dezembro 23, 2007

UM NATAL DIFERENTE!!

É dezembro, e estamos em pleno “clima de natal”. As luzes cobrindo fachadas de lojas, casas e árvores, e o som de músicas natalinas e os enfeites multicoloridos dão ao momento um clima de euforia, efervescência e –alguns dizem– de caridade.

Tudo isso parece ser uma boa jogada de marketing do deus Mamom (Mateus 6.24) para transformar nosso bolso num saquitel furado. Pessoas caridosas e alegres compram mais! As festas, banquetes, trocas de presentes, papai-noel e todos os personagens estranhos ao Verdadeiro Natal, propiciam um momento ótimo para o comércio, mas péssimo para o orçamento doméstico. Passado o clima de natal e do ano novo, a grande maioria volta aos velhos problemas (e quase sempre com o sentimento de que gastou mais do que devia e comeu e bebeu bem mais do que devia).
Não deveria nos surpreender que o clima do falso natal quase sempre é acompanhado de um sentimento de vazio! Tudo muito plástico, muito efêmero, muito fantasioso...

O seu Natal, contudo, pode ser diferente. Passe uma borracha nas expressões “clima natalino” e “boas-festas”, e escreva Natal com “N” maiúsculo. Lembre-se que não é um natal qualquer, é O NATAL. Lembrar-se disto já faz uma grande diferença! Depois, lembre-se do aniversariante. É verdade que Jesus não nasceu no mês de dezembro (possivelmente tenha sido em abril), mas isso não importa muito. O que importa é ter consciência do que o nascimento de Jesus significa... e crer. Crer que Jesus Cristo nasceu é um bom começo, mas é preciso ir além! É preciso crer que “O Filho brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus. Ele sustenta o Universo com a sua palavra poderosa. E depois de ter purificado os seres humanos dos seus pecados, sentou-se no céu, ao lado direito de Deus, o Todo-Poderoso” (Hebreus 1.3).

Jesus nasceu, morreu na cruz pelos nossos pecados e vivo está, pois ressuscitou ao terceiro dia! Ele se faz presente espiritualmente na vida do Seus, sustentando-os com poder e graça, mas voltará em Glória para julgar os vivos e os mortos! Todos na face da Terra verão o Seu retorno triunfal para resgatar a Sua Igreja e julgar todas as coisas!

Que tal começar hoje mesmo a celebrar um Natal diferente?
No amor de dAquele que nos amou primeiro,

rev. Ézio Martins de Lima