sábado, julho 11, 2009

CALVINO VIVE!


Quinhentos anos depois do nascimento do reformador João Calvino, suas ideias estão ganhando nova força. Combatido e contestado dentro e fora do segmento cristão ao longo de sua história, o calvinismo firmou-se como corrente doutrinária e chega ao século 21 revigorado, influenciando milhões de pessoas, grandes grupos religiosos e até mesmo o mundo corporativo. Recentemente, a revista americana Time listou em sua edição eletrônica as dez ideias que mais estão mudando o mundo neste exato momento.
E o calvinismo está lá, em terceiro lugar, apontado pela revista como uma “base segura” para a vida devido à crença irrestrita na soberania de Deus sobre todas as coisas. A concepção segundo a qual o Todo-poderoso está interessado e atuante nos mínimos detalhes da existência humana pode parecer uma revolução na sociedade pós-moderna, mas o moderno calvinismo surge como resposta a anseios não supridos por anos e anos de liberalismo.
Líderes contemporâneos como John Piper, Paul Washer e Mark Driscoll, e seus respectivos ministérios, são exemplos desse movimento, conservador em suas doutrinas mas impactante em seus efeitos. Com uma roupagem moderna, a corrente vem conquistando cada vez mais adeptos, especialmente entre os jovens, e sobretudo nos Estados Unidos. “O novo calvinismo citado pela Time é um movimento que demonstra abertura para novas formas litúrgicas, ao mesmo tempo em que mantém o formalismo das doutrinas historicamente reformadas”, diz o pastor Leandro Antonio de Lima, da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, em São Paulo, e professor de teologia sistemática. “É basicamente um resgate da mensagem do reformador João Calvino.”As igrejas que se autodenominam calvinistas geralmente possuem características bem tradicionais: liturgia formal, um forte apelo intelectual em seus ensinamentos e, em muitos casos, pelo menos no Brasil, muito espaço nos bancos. Um dos problemas desse aspecto tradicionalista que a corrente teológica sempre apresentou é a falta de uma linguagem popular.
O calvinismo já foi acusado diversas vezes de ser uma espécie de Evangelho de pessoas cultas, embora muitas doutrinas que se atribuem a Calvino não sejam de sua autoria (ver quadro). Isso e suas doutrinas polêmicas – sobretudo a de predestinação, calcanhar-de-aquiles que provoca constante cizânia entre os evangélicos e segundo a qual Deus já resolveu quem seria ou não salvo, independentemente de qualquer ação humana – geraram um sectarismo em torno do movimento, que parece estar sendo superado agora. Os novos ministros calvinistas estão mais atentos às necessidades do povo cristão, o que os torna populares. “A teologia de Piper pode ser resumida como um ‘hedonismo cristão’, que é a teoria de que o ser humano é mais feliz quanto mais prazer ele sentir em Deus”, sintetiza Leandro.
No quesito popularidade, ninguém ganha do “brigão”, como se referiu a Time, Mark Driscoll. “Um amigo assistiu uma pregação dele e ficou muito entusiasmado com o que ouviu”, afirma o professor de teologia Franklin Ferreira, autor dos livros Agostinho de A a Z e Gigantes da fé, lançados pela Editora Vida. Driscoll pode subir ao púlpito vestindo uma blusa de malha com a estampa do Mickey Mouse e usar palavras arrogantes em suas mensagens, mas sua doutrina é bíblica, séria e reformada. “Driscoll define sua igreja como teologicamente conservadora – ou seja, calvinista – e culturalmente aberta”, continua Franklin. Tal estilo pode assustar um pouco os calvinistas tradicionais, mas é essa abordagem que vem arrebanhando multidões para Cristo. Franklin sai em defesa de Mark Driscoll, dirigente da Mars Hill Church, em Seattle. “Devemos levar em conta que ele plantou uma congregação forte numa localidade conhecida como cemitério de igrejas. Até a mídia local está espantada com ele. Convém lembrar que ele é muito respeitado por gente importante da comunidade reformada americana, como Piper.”
“Porto seguro” – O francês João Calvino nasceu em 10 de julho de 1509 em Noyon. Contemporâneo de Martinho Lutero e influenciado por suas ideias, em 1533 Calvino rompe com a Igreja e adere de vez à Reforma. Expulso da França após apresentar sua obra As institutas da religião cristã, sua vontade era viver uma vida pacata como um literato reformado. Todavia, o que considerou o chamado de Deus em sua vida veio em Genebra, cidade suíça onde o teólogo se radicou e de onde o movimento calvinista acabaria se espalhando pelo mundo. Genebra teve seu caminho preparado por Zwinglio, que já havia disseminado as doutrinas luteranas na Suíça, e contou com a colaboração Guilherme Farel, seu grande companheiro em Genebra.
O rastilho de pólvora da nova doutrina fundamentada na soberania absoluta de Deus e na salvação pela graça divina não demoraria a se alastrar pelas nações da época. Teólogos desenvolveram movimentos reformistas na França, nas Ilhas Britânicas, na Holanda e em outras partes do mundo. John Knox, por exemplo, teve um papel fundamental na implantação do calvinismo na Escócia, após ter sido discípulo do reformador francês enquanto esteve em Genebra. Assim, com os ensinamentos de Calvino e a atuação de outros religiosos, desenvolveu-se o que logo passou a ser chamado de calvinismo. É importante ressaltar que o próprio teólogo dizia que tais pensamentos não eram seus, propriamente ditos. Eles teriam vindo de longe, muito longe – primeiro de Agostinho, que por sua vez dizia que sua doutrina provinha de Paulo.
A doutrina calvinista sempre provocou polêmicas ao longo da sua história. Paradoxalmente, suas afirmações não atingem apenas os dogmas católicos, como foi em seu início, mas também muitas supostas verdades construídas pelo próprio protestantismo, e casos de conflitos com outros grupos cristãos não são raros. Como movimento, o calvinismo não está atrelado a apenas uma denominação, nas espalhado por várias confissões diferentes, sobretudo as igrejas reformadas nacionais surgidas ao longo do século 17. Mas seu principal expoente é, sem dúvida, a Igreja Presbiteriana, que possui seu modelo de administração semelhante ao que Calvino implantou em Genebra: a descentralização do poder, onde a direção não se concentra nas mãos do pastor, mas de um colegiado de presbíteros.
A diferença desse novo calvinismo parece estar mais focada no âmbito litúrgico do que doutrinário. Apesar de os novos ícones calvinistas não utilizarem os meios de comunicação de forma tão intensa quanto outros famosos pastores do evangelicalismo americano, os cultos, a linguagem e o relacionamento dos atuais calvinistas com outros cristãos mudaram. “O velho calvinismo era temeroso e desconfiado dos outros cristãos, queimando pontes. Essa nova corrente faz o contrário”, afirma Mark Driscoll em seu blog. Outra questão que surgiu com esse fortalecimento da doutrina de Calvino é a da contemporaneidade dos dons espirituais. Muitas igrejas calvinistas de hoje acreditam na legitimidade da manifestação desses dons nos dias atuais, o que pareceria heresia para as gerações anteriores.
“Não deveria ser surpresa para nós que o calvinismo tem potencial para transformar o mundo”, insiste o pastor Leandro. “Muito antes da Time chegar a essa conclusão, o teólogo e estadista holandês Abraham Kuyper já havia previsto isso.” Kuyper, que foi primeiro-ministro de seu país no início do século 20, defendeu que o calvinismo tinha uma agenda para o futuro. “Ele disse que a doutrina poderia ser a solução para os dilemas da modernidade.” No entender do pastor, a cosmovisão reformada é um porto seguro para os “barquinhos” que navegam nas águas tempestuosas desse mundo. Coisa que Calvino, que enfrentou as agruras da Contra-Reforma mas manteve sua fé até morrer, em 1564, sabia muito bem.
Mitos e meias-verdades
Com o passar dos anos, a figura histórica de João Calvino foi prejudicada por conta de suas supostas posições teológicas. Contudo, o professor Franklin Ferreira diz que muito do que se atribui ao reformador francês é meia-verdade ou simples mito. Confira:
Mito: Calvino inventou a doutrina da predestinação
Fato: Agostinho, Aquino, Lutero e Zwinglio ensinaram e escreveram sobre a doutrina da predestinação antes de Calvino, enfatizando a livre graça de Deus que triunfa sobre a miséria e escravidão ao pecado
Mito: Calvino é o pai do capitalismo
Fato: Calvino de fato valorizou o trabalho, a economia, a disciplina, o senso de vocação. Mas forças que moldaram o capitalismo contemporâneo já estavam presentes na cultura ocidental quase 100 anos antes da Reforma
Mito: Calvino era o ditador de Genebra
Fato: Ele tinha pouca influência sobre as decisões acerca do ordenamento civil da cidade e nem tinha direito de voto em decisões políticas ou eclesiásticas no conselho municipal. Sua influência era persuasiva, por meio de seus sermões e escritos
Mito: Calvino não tinha interesse em missões
Fato: Os primeiros mártires da fé evangélica nas Américas foram enviados ao Brasil, em 1555, pelo próprio reformador francês
Mito: Os ensinos de Calvino são social e politicamente alienantes
Fato: Pode-se ver a influência do pensamento de Calvino na revolução puritana de 1641 e na primeira deposição e execução de um rei tirano em 1649, na Inglaterra; no surgimento do governo republicano (com a divisão e alternância do poder, além de ênfase no pacto social); na revolução americana de 1776; na libertação dos escravos e na defesa da liberdade de imprensa

Yuri nikolai


500 anos de CALVINO - JEAN CALVIN

Calvino “está um nível acima de qualquer comparação, no que diz respeito à interpretação da Escritura. Os seus comentários precisam ser muito mais valorizados do que quaisquer dos escritos que recebemos dos pais da igreja”!
Jacobus Arminius! (O teólogo do séc. XVII que emprestou o nome ao "arminianismo" e atualmente é tido como "inimigo" do calvinismo)
Hoje é o aniversário de 500 anos do nascimento desse que foi usado por Deus para a restauração massiva de Sua Igreja. A obra de Calvino não foi criar nada novo, mas lutar pela Reforma das pessoas que tinham se entregado ao misticismo "experimental" da época, propondo a restauração do Cristianismo.
Ah, se os evangélicos brasileiros de hoje conhecessem melhor as propostas de homens como Calvino e Lutero. Com certeza estaríamos bem melhor do que essa crise espiritual tão humilhante que sempre assolou nosso país e hoje assola em grande número a nós evangélicos também..
Em homenagem a essa data, vou reproduzir aqui uma
matéria da Cristianismo Hoje que aborda como o Calvinismo (movimento baseado na obra de João Calvino) ainda tem sua relevância e ainda pode transformar o mundo, como diz a Revista Time, por não ser nenhuma proposta de implantar algo novo, mas de estabelecer a vontade do nosso Senhor Jesus Cristo, que está a nós revelada nas Sagradas Escrituras.
Segue:
Quinhentos anos depois do nascimento do reformador João Calvino, suas ideias estão ganhando nova força. Combatido e contestado dentro e fora do segmento cristão ao longo de sua história, o calvinismo firmou-se como corrente doutrinária e chega ao século 21 revigorado, influenciando milhões de pessoas, grandes grupos religiosos e até mesmo o mundo corporativo. Recentemente, a revista americana Time listou em sua edição eletrônica as dez ideias que mais estão mudando o mundo neste exato momento.
E o calvinismo está lá, em terceiro lugar, apontado pela revista como uma “base segura” para a vida devido à crença irrestrita na soberania de Deus sobre todas as coisas. A concepção segundo a qual o Todo-poderoso está interessado e atuante nos mínimos detalhes da existência humana pode parecer uma revolução na sociedade pós-moderna, mas o moderno calvinismo surge como resposta a anseios não supridos por anos e anos de liberalismo.
Líderes contemporâneos como John Piper, Paul Washer e Mark Driscoll, e seus respectivos ministérios, são exemplos desse movimento, conservador em suas doutrinas mas impactante em seus efeitos. Com uma roupagem moderna, a corrente vem conquistando cada vez mais adeptos, especialmente entre os jovens, e sobretudo nos Estados Unidos. “O novo calvinismo citado pela Time é um movimento que demonstra abertura para novas formas litúrgicas, ao mesmo tempo em que mantém o formalismo das doutrinas historicamente reformadas”, diz o pastor Leandro Antonio de Lima, da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, em São Paulo, e professor de teologia sistemática. “É basicamente um resgate da mensagem do reformador João Calvino.”As igrejas que se autodenominam calvinistas geralmente possuem características bem tradicionais: liturgia formal, um forte apelo intelectual em seus ensinamentos e, em muitos casos, pelo menos no Brasil, muito espaço nos bancos. Um dos problemas desse aspecto tradicionalista que a corrente teológica sempre apresentou é a falta de uma linguagem popular.
O calvinismo já foi acusado diversas vezes de ser uma espécie de Evangelho de pessoas cultas, embora muitas doutrinas que se atribuem a Calvino não sejam de sua autoria (ver quadro). Isso e suas doutrinas polêmicas – sobretudo a de predestinação, calcanhar-de-aquiles que provoca constante cizânia entre os evangélicos e segundo a qual Deus já resolveu quem seria ou não salvo, independentemente de qualquer ação humana – geraram um sectarismo em torno do movimento, que parece estar sendo superado agora. Os novos ministros calvinistas estão mais atentos às necessidades do povo cristão, o que os torna populares. “A teologia de Piper pode ser resumida como um ‘hedonismo cristão’, que é a teoria de que o ser humano é mais feliz quanto mais prazer ele sentir em Deus”, sintetiza Leandro.
No quesito popularidade, ninguém ganha do “brigão”, como se referiu a Time, Mark Driscoll. “Um amigo assistiu uma pregação dele e ficou muito entusiasmado com o que ouviu”, afirma o professor de teologia Franklin Ferreira, autor dos livros Agostinho de A a Z e Gigantes da fé, lançados pela Editora Vida. Driscoll pode subir ao púlpito vestindo uma blusa de malha com a estampa do Mickey Mouse e usar palavras arrogantes em suas mensagens, mas sua doutrina é bíblica, séria e reformada. “Driscoll define sua igreja como teologicamente conservadora – ou seja, calvinista – e culturalmente aberta”, continua Franklin. Tal estilo pode assustar um pouco os calvinistas tradicionais, mas é essa abordagem que vem arrebanhando multidões para Cristo. Franklin sai em defesa de Mark Driscoll, dirigente da Mars Hill Church, em Seattle. “Devemos levar em conta que ele plantou uma congregação forte numa localidade conhecida como cemitério de igrejas. Até a mídia local está espantada com ele. Convém lembrar que ele é muito respeitado por gente importante da comunidade reformada americana, como Piper.”
“Porto seguro” – O francês João Calvino nasceu em 10 de julho de 1509 em Noyon. Contemporâneo de Martinho Lutero e influenciado por suas ideias, em 1533 Calvino rompe com a Igreja e adere de vez à Reforma. Expulso da França após apresentar sua obra As institutas da religião cristã, sua vontade era viver uma vida pacata como um literato reformado. Todavia, o que considerou o chamado de Deus em sua vida veio em Genebra, cidade suíça onde o teólogo se radicou e de onde o movimento calvinista acabaria se espalhando pelo mundo. Genebra teve seu caminho preparado por Zwinglio, que já havia disseminado as doutrinas luteranas na Suíça, e contou com a colaboração Guilherme Farel, seu grande companheiro em Genebra.
O rastilho de pólvora da nova doutrina fundamentada na soberania absoluta de Deus e na salvação pela graça divina não demoraria a se alastrar pelas nações da época. Teólogos desenvolveram movimentos reformistas na França, nas Ilhas Britânicas, na Holanda e em outras partes do mundo. John Knox, por exemplo, teve um papel fundamental na implantação do calvinismo na Escócia, após ter sido discípulo do reformador francês enquanto esteve em Genebra. Assim, com os ensinamentos de Calvino e a atuação de outros religiosos, desenvolveu-se o que logo passou a ser chamado de calvinismo. É importante ressaltar que o próprio teólogo dizia que tais pensamentos não eram seus, propriamente ditos. Eles teriam vindo de longe, muito longe – primeiro de Agostinho, que por sua vez dizia que sua doutrina provinha de Paulo.
A doutrina calvinista sempre provocou polêmicas ao longo da sua história. Paradoxalmente, suas afirmações não atingem apenas os dogmas católicos, como foi em seu início, mas também muitas supostas verdades construídas pelo próprio protestantismo, e casos de conflitos com outros grupos cristãos não são raros. Como movimento, o calvinismo não está atrelado a apenas uma denominação, nas espalhado por várias confissões diferentes, sobretudo as igrejas reformadas nacionais surgidas ao longo do século 17. Mas seu principal expoente é, sem dúvida, a Igreja Presbiteriana, que possui seu modelo de administração semelhante ao que Calvino implantou em Genebra: a descentralização do poder, onde a direção não se concentra nas mãos do pastor, mas de um colegiado de presbíteros.
A diferença desse novo calvinismo parece estar mais focada no âmbito litúrgico do que doutrinário. Apesar de os novos ícones calvinistas não utilizarem os meios de comunicação de forma tão intensa quanto outros famosos pastores do evangelicalismo americano, os cultos, a linguagem e o relacionamento dos atuais calvinistas com outros cristãos mudaram. “O velho calvinismo era temeroso e desconfiado dos outros cristãos, queimando pontes. Essa nova corrente faz o contrário”, afirma Mark Driscoll em seu blog. Outra questão que surgiu com esse fortalecimento da doutrina de Calvino é a da contemporaneidade dos dons espirituais. Muitas igrejas calvinistas de hoje acreditam na legitimidade da manifestação desses dons nos dias atuais, o que pareceria heresia para as gerações anteriores.
“Não deveria ser surpresa para nós que o calvinismo tem potencial para transformar o mundo”, insiste o pastor Leandro. “Muito antes da Time chegar a essa conclusão, o teólogo e estadista holandês Abraham Kuyper já havia previsto isso.” Kuyper, que foi primeiro-ministro de seu país no início do século 20, defendeu que o calvinismo tinha uma agenda para o futuro. “Ele disse que a doutrina poderia ser a solução para os dilemas da modernidade.” No entender do pastor, a cosmovisão reformada é um porto seguro para os “barquinhos” que navegam nas águas tempestuosas desse mundo. Coisa que Calvino, que enfrentou as agruras da Contra-Reforma mas manteve sua fé até morrer, em 1564, sabia muito bem.
Mitos e meias-verdades
Com o passar dos anos, a figura histórica de João Calvino foi prejudicada por conta de suas supostas posições teológicas. Contudo, o professor Franklin Ferreira diz que muito do que se atribui ao reformador francês é meia-verdade ou simples mito. Confira:
Mito: Calvino inventou a doutrina da predestinação
Fato: Agostinho, Aquino, Lutero e Zwinglio ensinaram e escreveram sobre a doutrina da predestinação antes de Calvino, enfatizando a livre graça de Deus que triunfa sobre a miséria e escravidão ao pecado
Mito: Calvino é o pai do capitalismo
Fato: Calvino de fato valorizou o trabalho, a economia, a disciplina, o senso de vocação. Mas forças que moldaram o capitalismo contemporâneo já estavam presentes na cultura ocidental quase 100 anos antes da Reforma
Mito: Calvino era o ditador de Genebra
Fato: Ele tinha pouca influência sobre as decisões acerca do ordenamento civil da cidade e nem tinha direito de voto em decisões políticas ou eclesiásticas no conselho municipal. Sua influência era persuasiva, por meio de seus sermões e escritos
Mito: Calvino não tinha interesse em missões
Fato: Os primeiros mártires da fé evangélica nas Américas foram enviados ao Brasil, em 1555, pelo próprio reformador francês
Mito: Os ensinos de Calvino são social e politicamente alienantes
Fato: Pode-se ver a influência do pensamento de Calvino na revolução puritana de 1641 e na primeira deposição e execução de um rei tirano em 1649, na Inglaterra; no surgimento do governo republicano (com a divisão e alternância do poder, além de ênfase no pacto social); na revolução americana de 1776; na libertação dos escravos e na defesa da liberdade de imprensa

quarta-feira, julho 08, 2009

Frases de JOÃO CALVINO - 500 ANOS


O Senhor jamais deixou-se estar sem testemunho... pois as avezinhas canoras cantavam Deus... os rios as fontes lançavam-lhe olhadelas, as plantas e as flores sorriam-lhe. (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Pois Ele os retirou da sujeição a Faraó... a fim de colocá-los em liberdade. E os acompanhou noite e dia durante sua fuga, como fugitivo entre eles. (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
E Ele foi dado não somente aos israelitas mas a todos os homens, de todos os povos e regiões, para que por meio dele a natureza humana fosse reconciliada com Deus... (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Ele é o nosso único Salvador no qual jaz inteiramente nossa redenção, paz, justiça, santificação, salvação e vida... (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Todas as criaturas têm glorificado a Jesus Cristo. Ao seu comando, os ventos cessaram, o mar agitado apaziguou-se... muitos corpos foram ressuscitados. (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Sem o evangelho não podemos sabe r o que Deus nos ordenou... não temos capacidade para distinguir entre o bem e o mal... sem o evangelho toda riqueza é pobreza... (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
O evangelho é palavra de vida e verdade. (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Se temos Jesus Cristo conosco, não encontraremos coisa alguma maldita que não seja bendita por Ele... (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Tudo aquilo que de bem se poderia pensar ou desejar encontra-se unicamente em Jesus Cristo. (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
Por meio dele (Jesus Cristo) a rudeza foi suavizada, ... a fraqueza fortificada, ... o desprezo desprezado, ...a vingança vingada, a condenação condenada... (Calvino, Prefácio ao Novo Testamento)
A santa Escritura... é o mais importante e precioso bem de que dispomos neste mundo... Calvino, Segundo Prefácio)
A Escritura é a luz que nos guia... para que não tropecemos como pobres cegos... (Calvino, Segundo Prefácio)
A verdadeira piedade consiste em um zelo puro que ama a Deus como Pai e adota a sua justiça... (Calvino, Instrução na Fé)
Na verdade, a inteligência do homem é cega, coberta de erros infinitos e sempre contrária à sabedoria de Deus. (Calvino, Instrução na Fé)
Cristo é aquele em quem a garantia da nossa eleição é apresentada se o recebemos e aceitamos pela fé. (Calvino, Instrução na Fé)
Cristo é a garantia pela qual a vida é tanto selada como confirmada em nós. (Calvino, Instrução na Fé)
Não se deve conceber a fé cristã como um mero conhecimento de Deus... que se move no cérebro sem tocar o coração... (Calvino, Instrução na Fé)
A fé é uma confiança firme e sólida do coração, pela qual nos apoiamos com segurança na misericórdia de Deus... (Calvino, Instrução na Fé)
A fé é uma luz do Espírito Santo pela qual nossas mentes são esclarecidas e nossos corações confirmados... na verdade de Deus... (Calvino, Instrução na Fé)
Estando mortos para o pecado e para nós mesmos, devemos viver para Cristo e sua justiça. (Calvino, Instrução na Fé)
Porque diante de Deus não há justiça pelas obras, a não ser aquela que corresponde à própria justiça de Deus. (Calvino, Instrução na Fé)
Ora, mesmo aqueles que progrediram na Lei do Senhor estão ainda muito distantes na obediência perfeita que ela exige. (Calvino, Instrução na Fé)
Nós sempre necessitamos de Cristo para que a sua perfeição possa cobrir nossa imperfeição. (Calvino, Instrução na Fé)
Deus, o criador, eternamente sustenta, mantém e dá vida a tudo o que já foi criado. (Calvino, Instrução na Fé)
Nós o chamamos “Jesus”... porque Ele foi enviado para salvar o seu povo de seus pecados. (Calvino, Instrução na Fé)
O título “Cristo” significa que... Ele foi plenamente dotado com todas as graças do Espírito Santo. (Calvino, Instrução na Fé)
Ele vestiu a nossa carne a fim de que, sendo feito Filho do homem, nos tornasse filhos de Deus com Ele. (Calvino, Instrução na Fé)
Ele morreu para vencer com sua morte a morte que era contra nós. (Calvino, Instrução na Fé)
Podemos, pela sua ressurreição, ter plena confiança de obter vitória sobre o domínio da morte. (Calvino, Instrução na Fé)
Pelo poder do Espírito, Cristo faz, sustenta, mantém e vivifica todas as coisas. (Calvino, Instrução na Fé)
É o Espírito que inflama nossos corações com o fogo do amor ardente para com Deus e para com o próximo. (Calvino, Instrução na Fé)
A Igreja é católica, isto é, universal, porque não existem duas ou três igrejas, mas todos os eleitos de Deus estão unidos e ligados em Cristo. (Calvino, Instrução na Fé)
A fé acredita que Deus é nosso Pai; a esperança espera que Ele atuará sempre dessa maneira para conosco. (Calvino, Instrução na Fé)
O reino de Deus consiste em conduzir e governar os seus pelo seu Santo Espírito. (Calvino, Instrução na Fé)
Mesmo que tudo nos falte, Deus todavia, nunca nos abandonará. (Calvino, Instrução na Fé)
Os sacramentos são instituídos por Deus como um exercício para nossa fé.(Calvino, Instrução na Fé)
Na Ceia... Cristo nos é apresentado com todas as suas riquezas... como se estivesse diante de nossos olhos. (Calvino, Instrução na Fé)
Como o pão nutre e sustenta e preserva a vida do nosso corpo, assim o corpo de Cristo é a comida e a proteção da nossa vida espiritual. (Calvino, Instrução na Fé)
Quando o sol brilha, por que é senão para iluminar-nos? E a lua, e as estrelas, não são elas também ordenadas para o nosso serviço? (Calvino, Sermão XLIII, sobre Efésios 6.1-4)
Quando, pois, Deus nos tem assim aquinhoado... além de que nos criou à sua imagem e semelhança, não está aí um bem inestimável? (Calvino, Sermão XLII sobre Efésios, 6.1-4)
O homem foi investido mestre e senhor na terra com a condição de que estivesse sempre sujeito a Deus. (Calvino, Comentário aos cinco livros de Moisés, Gn 2.16)
Os males e misérias... de que o homem está cercado... são como que um preâmbulo de morte, até que a morte o haja tragado inteiramente. (Calvino, Comentário aos cinco livros de Moisés, Gn 2.17)
Ainda que o homem esteja corrompido, contudo, o Criador celeste retém sempre diante de Si o fim de Sua criação... para amá-lo e ter-lhe solicitude. (Calvino, Comentário aos cinco livros de Moisés, Gn 9.3)
O Senhor de misericórdia... não entregou os homens a inteira perdição; pelo contrário, tem-no sustentado e suportado em doçura e paciência... (Calvino, Comentário aos cinco livros de Moisés, Gn 8.21)
A grandeza e a graça adquirida por Jesus Cristo é bem mais vasta que a magnitude da condenação em que o gênero humano foi envolvido... (Calvino, Comentários ao NT, Rm 5.15)
Cristo é o começo da segunda e nova criação, porquanto a primeira decaíra na ruína do primeiro homem. (Comentários ao NT, 1 Co 15.45)
O Reino da justiça não vem a se estabelecer senão quando Cristo nos liberta do domínio da Lei. ( Calvino, Comentário de Romanos, 7.5)
A liberdade cristã faz com que as consciências,... liberadas da lei, obedeçam deliberadamente à vontade de Deus. (Calvino, Institutas III,XIX,4)
Em nenhum lugar é proibido ou rir, ou fartar-se, ou deleitar-se com instrumentos de música, ou beber vinho. (Calvino, Institutas, III,XIX,9)
Quando alguém... se deixa engolfar em prazeres desregrados, embriaga a alma e o coração... longe ele está do santo e legítimo uso dos dons de Deus. (Calvino, Institutas, III,XIX,9)
A regra do bom uso dos dons de Deus é a sobriedade. (Calvino, Institutas, III, XIX,9) Deus não nos deu muitas coisas que devamos ter em estima, sem que nos sejam elas realmente necessárias? (Calvino, Institutas, III,X,2)
Os que usam deste mundo devem fazê-lo... como se dele não usassem. (Calvino, Institutas, III,X,4 e 5).
A fé não pode ser separada das boas obras e as boas obras não procedem senão da fé. (Calvino, Comentários NT, Tg 2.18)
Não há capacidade, nem indústria ou aptidão que não se deva reconhecer como provinda de Deus. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 25.15)
Aprendamos a depender da bondade de Deus a cada hora. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 6.11)
Deus provê indiferentemente a todos daquilo que a terra produzirá. (Calvino, Comentários aos livros de Moisés, Ex 23.10-11)
Quanto à desigualdade que é contrária ao temperamento de Deus, outra coisa não é que uma corrupção que provém do pecado. (Calvino, comentário aos livros de Moisés, Gn 1.27)
Ora, de onde vem que as serpentes nos poupem, senão porque Deus lhes contém a natureza venenosa? (Calvino, comentário aos livros de Moisés, Gn 2.19)
Sabemos que a terra como que foi mudada por causa do homem. Os próprios céus disso apresentam sinais....É preciso que os céus sejam renovados. (Calvino, sermão XI sobre 1 Co 11.2-3)
Porque Cristo faz a todos um. (Calvino, Comentários ao NT, Gl 3.28)
Cristo é o cabeça do homem e da mulher sem nenhuma diferença... (Calvino, Sermão XI sobre 1 Coríntios 11.2-3)
Deus ama as virtudes políticas... porque servem a um fim que Ele aprova. (Calvino, Comentários ao NT, Mc 10.21)
Se, pois, devem os servidores obedecer a seus mestres, não o é senão no bem. (Calvino, Sermão XII sobre Tt 1.6-14)
Deus aos mestres não mais permite que o que lhes permite a regra da caridade. (Calvino, Comentários ao NT, Ef 6.9)
Deus não valoriza menos a causa daquele que seja o mais abjeto de todo o mundo que a causa do mais poderoso rei. (Calvino, Comentários ao NT, Ef 6.9)
O Reino de Jesus Cristo se estende a todos os homens, indubitavelmente...(Calvino, Comentários ao NT, Jo 17.2)
Deus dá-nos a Ceia como um espelho em que contemplamos nosso Senhor Jesus Cristo... (Calvino, Pequeno Tratado da Santa Ceia)
A obediência a príncipes e magistrados se ajusta bem ao temor e serviço a Deus. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 22.21)
Se os príncipes usurpam algo da autoridade de Deus, não há obedecer-lhes senão até onde se possa fazer sem ofender a Deus. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 22.21)
Devemos estar sujeitos aos homens que têm preeminência sobre nós, não, entretanto, de outra forma senão em Deus. (Calvino, Institutas IV, XX,32)
Doutrina geral é que almejemos a conservação do estado e da paz das potestades ordenadas por Deus. (Calvino, Comentários ao NT, 1 Tm 2.2)
Mesmo quando os tiranos dominam, vemos que há grandes corrupções, contudo ainda é isso mais tolerável do que se nenhuma ordem houvesse. (Calvino, Sermão XI sobre 1 Timóteo 2.1-2)
Ainda que haja diabos assanhados que se esforcem por fazerem o mal, Deus não lhes permite chegar ao ponto de everterem toda justiça; há sempre de restar ainda um traço de bem. (Calvino, Sermão XI sobre 1 Timóteo 2.1-2)
O profeta não diz sem causa que é aos pobres e oprimidos que os governos justos foram comissionados como defensores... (Calvino, Comentário ao livro dos Salmos, 82.3)
O profeta diz que os conselheiros dos reis e os juízes... têm entendimento com os ricos, que exercem sua rapinagem sobre os pobres... (Calvino, Lições... Os Doze Profetas, Am 4.1)
Se nosso Senhor aflige algum país ou com a guerra ou com a fome, daí tirarão os ricos grande lucro. (Calvino, Comentários ao NT, Tg 6.1)
Quando os pobres são sobrecarregados de impostos, é então que os outros se locupletam. É esse o vício que é denunciado pelo profeta. (Calvino, Comentários ao NT, Tg 6.1)
Quando os estrangeiros e as viúvas e os órfãos não são tratados iniquamente, é um sinal de verdadeira integridade. (Calvino, Lições, Jeremias, 7.6)
Quando somos abastecidos de pão de que somos sustentados, de mister é que reconheçamos que isso nos provém da pura bondade do nosso Deus... (Calvino sobre a Harmonia dos Evangelhos, Mt 4.2-4)
Se nos desbordamos em intemperança, quando Deus nos envia abundância de pão e vinho, bem merecemos que a fome e a indigência nos remediem a gula e dissolução. (Calvino, Lições... Os doze profetas menores, Am 8.11)
Realmente, impossível não é sirvam os ricos a Deus; verdade é, no entanto, que quem quer que se faz escravo às riquezas, ... ao domínio de Deus se subtraia. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 6.24)
Não que usar das coisas um pouco à larga seja coisa em si condenável, mas cobiça é sempre danosa. (Calvino, Sermão XLVIII sobre Timóteo, 6.3-7)
Nada possuo senão da mão de Deus... (Calvino, Sermão XLIV sobre a Harmonia dos Evangelhos, Mt 3.9-10)
Que ninguém seja tido como separado, antes, saibamos que Deus misturou os ricos e os pobres... a fim de que tenhamos ocasião de fazer o bem. (Calvino, Sermão XLIV sobre a Harmonia dos Evangelhos, Mateus, 3.9-10)
Cristo adverte que aqueles que se apegam às riquezas, o coração deles renuncia ao Senhor... (Calvino, Comentários ao NT, Mt 6.24)
De boca todos confessam que Deus não é... bem servido a menos que haja inteira afeição, mas, de fato, o negam querendo acoplar... coisas de todo contrárias. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 6.24)
Se Deus somente é quem provê todas as coisas necessárias à vida, é tranferir-Lhe seu ofício às riquezas, quando nelas pomos nossa esperança. (Calvino, Comentários ao NT, 1 Tm 6.17)
Aqueles que possuem riquezas,... dêem-se conta de que a abundância não se destina à dissolução,... pelo contrário, é-o para ir-se ao encontro da necessidade dos irmãos. ( Calvino, Comentários ao NT, 2 Co 8.15)
Os ricos receberam maior abundância, com esta condição, que sejam ministros dos pobres... (Calvino, Comentários ao NT, At 11.29)
Deus põe em suas contas, como se Lhe houvéssemos dado a Ele Próprio, aquilo que damos a um pobre. (Calvino, Sermão CXLI sobre Deuteronômio 24.19-22)
Deus ordena que se tenha a mão aberta, isto é, para com pobres que habitam entre nós... (Calvino, Sermão XCV sobre Deuteronômio 15.11-15)
Se bem que Cristo a todos chama a Si, (os ricos) no entanto, não se querem sujeitar a Ele, antes, recusam-se a render-Lhe obediência...(Calvino, Comentário a Isaías, 11.4)
Não há dúvida de que os pobres são chamados aqueles dos quais a condição é miserável e desprezível e são em nada estimados. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 11.5)
É um mal comum a quase todos o fiar-se em suas riquezas... entretanto, esta tentação assedia também ao pobre... (Calvino, Comentários ao NT, Mt 19.23)
Ofício próprio de Deus é tomar a causa dos pobres. (Calvino, Comentário ao livro dos Salmos, 140.13)
Nosso Deus... Se constitui devedor em lugar do pobre para retribuir-nos de uma vez com amplos juros tudo quanto lhe damos. (Calvino, Comentários do NT, 1 Co 16.2)
Embora os pobres se desincumbam mal de seu dever e não nos mostrem reconhecimento, nem por isso devemos deixar de fazer o que Deus nos ordena... (Calvino, Sermão CXXXIX sobre Deuteronômio 24.10-13)
Ser pobre não é tudo. Pobres há muitos que nem por isso se fazem necessariamente humildes; pelo contrário, resistem a Deus tanto quanto possível lhes é. (Calvino, Sermão XXXVI, sobre Deuteronômio 23.24-25)
A igualdade deve ser mantida de tal modo que ninguém seja deixado na penúria e que ninguém esconda sua abundância, defraudando a outrem. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 14.18)
Somos ensinados a reconhecer que tudo quanto parecemos adquirir pela nossa própria diligência d´Ele procede. (Calvino, Comentários do NT, Mt 6.11)
Cristo não pode estar dividido. A fé não pode ser despedaçada. (Calvino, Comentário a Efésios, 4.5)
Apóstolos, profetas, evangelistas e pastores existem para edificar e restaurar o corpo de Cristo, até que ele chegue à unidade da fé. (Calvino, Comentário ao Evangelho de João, 17.21)
Devemos ter em mente que a vida da Igreja não é possível sem ressurreição. (Calvino, Comentário, Miquéias, 4.6)
Se temos conflitos e discórdias entre nós, é por nossa causa que Cristo Jesus é rasgado em pedaços... (Calvino, Pequeno Tratado da Santa Ceia)
Não devemos nos separar levianamente daqueles a quem o Senhor nos uniu por companheirismo, em sua obra. (Calvino, Carta a André Zébédée, 1539)
Ainda que alguns pontos da doutrina não sejam totalmente puros, isso não deve ser considerado um impedimento para a unidade... (Calvino, Carta a Farel,1538)
Na liturgia anglicana, tal como me descrevestes, percebo que havia muitas coisas tolas que podiam ser toleradas. (Calvino, Carta de 1555)
Estando divididos os membros da Igreja, o corpo fica sangrando. Isso me preocupa tanto que, se eu pudesse prestar algum serviço, não hesitaria em atravessar até dez mares... (Calvino em carta de 1552 ao arcebispo anglicano Thomas Cranmer)
Antes de estarmos preparados para orar como convém, precisamos ter a comunhão e união que Deus requer de nós. (Calvino, Sermão VI, 1 Timóteo, 2.8)
A palavra VOCAÇÃO quer dizer chamado... e implica em que Deus faça sinal com o dedo de diga a cada um: quero que vivas assim ou assim. (Calvino, Sermão XLIV sobre a Harmonia dos Evangelhos, Mt 3.11-12.
É necessário que Deus marche adiante, como se a Si nos chamasse e nós seguíssemos o caminho que por Sua Palavra nos mostra. (Calvino, Sermão XXXI, sobre Efésios 4.26-28)
Senhor, dá meios de fazer o que ordenas e ordenas o que queres que se faça. (Calvino, Comentários aos cinco livros de Moisés, Ex 31.2)
Nada há mais oposto à própria natureza que consagrar a vida a beber, comer e dormir, sem, contudo, indagar quê faremos? (Calvino, Comentários aos cincolivros de Moisés, Gn 2.15)
Deus nada deve a ninguém; por isso que somos Seus, pode Ele requerer de nós todo dever como pertencendo-lhe de direito. (Calvino, Comentários ao NT, Mt 20.1)
Necessário é que Deus seja por nos reconhecido como Pai, para que herdeiros Lhe sejamos, e Cristo Cabeça, para que aquelas coisas que são Suas, nossas sejam feitas. (Calvino, Comentários ao NT, 1 Tm 4.5)
É preciso ... para que a vontade de Deus reine sobre nós e sejamos inteiramente esvaziados de nossa razão própria a fim de sermos replenificados da sabedoria de Deus. (Calvino, Comentários ao NT, 1 Co 3.18-19)
Dom de Deus são as artes liberais e todas as ciências mercê das quais se adquire alguma prudência; têm elas, porém, seus limites... (Calvino, Comentários ao NT, 1 Co 3.18-19)
A natureza do homem, embora decaída de sua integridade e consideravelmente corrompida, não deixa, todavia, de ser adornada de muitos dons de Deus. (Calvino, Institutas, II, II, 15)
Se reconhecemos o Espírito de Deus como fonte única de verdade, não menosprezaremos a verdade onde quer que ela se mostre... (Calvino, Institutas, II,II,15)
Quaisquer que sejam os dons que o Senhor nos tenha outorgado, saibamos que eles nos são dados à guarda como dinheiro, a fim que daí provenha algum ganho e lucro. (Calvino, Comentários do NT, Lc 19.13)
A invenção das artes e outras coisas que servem ao uso comum e ao conforto desta vida é um dom de Deus que não é de desprezar e uma virtude digna de louvor. (Calvino, Comentários aos cinco livros de Moisés, Gn 4.20)
Mostra-se o corpo humano obra tão singular que bem nos merece o autor admiração incontida. (Calvino, Institutas, I,V,2)
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FONTES PARA AS CITAÇÕES DE JOÃO CALVINO:
-O Pensamento Econômico e Social de Calvino. André Biéler. S. Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990.
- Santa Conspiração – Calvino e a unidade da Igreja de Cristo. Lukas Vischer. Caderno de O Estandarte, out. 2004.
- João Calvino – Textos Escolhidos. Eduardo Galasso Faria (ed.). S. Paulo, Pendão Real, 2008.