sexta-feira, setembro 29, 2006

O BRASIL NAS MÃOS DE DEUS!


O BRASIL NAS MÃOS DE DEUS!
“Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai”
Efésios 3.14

O Centro de Divulgação das Eleições, agência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) responsável por incentivar os eleitores brasileiros a comparecerem aos 91.037 locais de votação, criou um slogan interessante para o pleito eleitoral deste ano: “Pense e vote! Vota Brasil! O Brasil está em suas mãos”.
Com esta chamada, o TSE pretende convencer que 125.913.479 eleitores, presentes nos 5.565 municípios e em 93 países, compareçam às urnas para eleger entre 8 candidatos à Presidência da República, 214 candidatos ao governo dos Estados, 235 candidatos ao Senado, 5.421 candidatos à Câmara Federal e 13.197 candidatos às Câmaras Legislativas/Distritais, aqueles que devem governar (e legislar) o Brasil.
Que é fundamental para a democracia que o eleitor cumpra o seu direito e dever de votar, não há como negar! Precisamos, contudo, não apenas votar, mas fazê-lo com consciência e com o zelo que a responsabilidade exige!
Ainda que o voto seja importante, é um crasso erro considerar que o direito de votar dá-nos o poder de declarar que o futuro do país está em nossas mãos! Estou certo de que não apenas o nosso país, mas o mundo e, em particular, as nossas vidas, sofrem tantas mazelas justamente porque confiamos demasiadamente em nossas mãos! Se a nossa vida não começar em Deus, estamos fadados ao fracasso! Se as decisões concernentes à nossa Nação não começarem em Deus, colheremos as tempestades dos ventos que semeamos.
Não apenas neste dia de eleição, mas diariamente somos chamados a colocarmo-nos de joelhos e clamar para que o Brasil esteja nas mãos de Deus! “Venha o Teu Reino!” (Lucas 11.2) deve ser o nosso clamor! “Oh! Se fendesses os céus e descesses!” (Isaías 64.1), deve ser nossa intercessão diária!
Colocar-se de joelhos é um sinal de submissão. Paulo expressou-se dessa maneira porque sabia que suas mãos não poderiam promover aquilo que somente Deus pode fazer. Paulo sabia que a submissão à vontade de Deus é sempre a primeira opção. Que a oração não é a porta de emergência, (aquela que só vemos quando não há outra saída), mas a porta de entrada para o verdadeiro êxito!
Colocar-se de joelho é expressão de dependência total e irrestrita. É abrir-se para ação de Deus. É submeter-se a decisão soberana de Deus, que às vezes não muda às circunstâncias, mas altera as nossas intenções. Orar, assim, é sempre mudar! E à medida que descobrimos que temos muito para tratar dentro de nós mesmos –que as mudanças começam em nós!–, seremos motivados a aproximarmo-nos de Deus em oração, pois o faremos como reconhecimento de que pela nossa própria força não seremos capazes de lidar com as marcas do pecado em nossa vida. E sem lidarmos com pecado em nossa vida, a restauração que Deus quer fazer em nós, em nossa família, em nossa igreja, em nosso País... fica comprometida.
Por esta causa me ponho de joelhos...; e convido você também a começar (ou continuar) a gozar do privilégio da prática da disciplina dos joelhos dobrados em oração!
Soli Deo Gloria
Rev. Ézio Martins de Lima

quinta-feira, setembro 28, 2006

Distraído por estar muito ocupado...

Comecei a ler Henri Nouwen por acidente... Um dos seus livros caiu em minhas mãos quase que sem querer! Contudo, não foi por acidente que aprendi a sorver dos seus ensinos princípios que muito têm me auxiliado no ministério pastoral. Deixo aqui no Blog um trecho que chamou a minha atenção...

"(...) Em uma sociedade na qual o entretenimento e a distração são preocupações tão importantes, os ministros também são tentados a se juntar aos que consideram tarefa primordial manter os outros ocupados (...)
Contudo nossa tarefa é o contrário da distração. É ajudar as pessoas a se concentrar no acontecimento real, mas muitas vezes oculto, da presença ativa de Deus em suas vidas. Por isso, a questão que precisa guiar toda atividade organizadora na paróquia não é como manter as pessoas ocupadas, mas como impedí-las de ficar tão ocupadas a ponto de não mais ouvir a voz de Deus que fala em silêncio."
(Nouwen, Henri. A Espiritualidade do deserto e o ministério contemporâneo, p. 56).

Rev. Ézio Martins de Lima

SOBRE VIDEIRA E RAMOS...


“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”
João 15.5

Necessito permanentemente reconhecer minha dependência de Deus, pois sou tentado de todas as maneiras, e em todos os momentos, a considerar-me autônomo, independente, auto-suficiente. Contudo, o que será do ramo da vide fora da videira? Manterá momentaneamente a aparência de vida; será tão somente um verde efêmero ameaçado de morte. Quantas pessoas, entre aquelas que se confessam cristãos, são comparáveis aos “ramos cortados” aos quais o Senhor Jesus se refere. Separados da vide, são nada mais que mera aparência de vida. Apresentam-se como ramos que não entusiasma quem os contempla; jamais, diante deles, alguém exclamará: “Está cheio de vitalidade!” Porque neles o caráter de Cristo não foi forjado, o conhecimento da verdade da Palavra de Deus não foi arraigado e neles não se encontra o viço da Vida plena outorgada pelo Espírito Santo. Torna-se, pois, evidente que lhes falta o principal! Falta-lhes estar ligado à fonte, à raiz, à própria vida, que é a pessoa de Jesus Cristo.
O texto aponta para uma realidade espiritual maravilhosa! Diz-nos que os ramos ligados à videira produzem muito fruto. A videira completa-se, exprime-se, afirma-se no seu ramo. Em suas folhas, flores e no fruto do seu ramo, a videira deleita-se! Que tremenda mensagem ao nosso coração! Deus, em Sua soberania e graça, aprouve usar-me como instrumento de expressão da Sua graça e amor. Se eu for o ramo ligado à videira, o milagre da vida de Deus e do Seu fruto manifestar-se-á através de mim; serei curvado ao peso dos frutos gloriosos da Graça!
Contudo, o cutelo do juízo entra em ação quando o ramo, ao invés de se curvar ao peso dos frutos, ergue-se em uma autonomia tola. Sozinho, o ramo vale coisa alguma. O ramo só tem valor se estiver ligado à videira e dela receber a seiva que lhe dá a vitalidade e a possibilidade de produzir o fruto. Sem tal dependência, o ramo torna-se um estorvo e, por isso, precisa ser definitivamente cortado. “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam”. João 15.6
Que Deus me livre de uma autonomia que pode ser fatal! É loucura não escuta-lO quando adverte: “Permanecei em mim...” (João 15.4).
No amor dEle,

Ézio Martins de Lima, rev.