domingo, maio 11, 2008

Mãe

Mãe,

carregaste-me no teu ventre,

qual uma semente que na terra germina e se transforma

Chegou um outro tempo, que o fizeste em teu colo,

e ainda que sem falar, compreendias-me tanto...

Discernia meus ruídos em madrugadas mal-dormidas,

sem que jamais perdesse a candura dos gestos de amor

Nos meus primeiros passos, tuas mãos me deram o norte

e quando as minhas pernas vacilavam,

as tuas corriam seguras;

Teus braços, como laços de amor, me entrelaçavam;

e a segurança que me davas, não me fizeram desistir de tentar outros passos!

Mãe,

Lembro-me das tuas mãos em oração,

Lembro-me dos teus lábios com hinos de amor,

Lembro-me da tua Bíblia aberta e de tantas histórias que aprendi a amar

Ah! Aquele berço humilde que me abrigava

Tornou-se o primeiro altar,

No qual eu aprendi a invocar o nome de Deus!

Com o teu amor, fizeste-me conhecer o Maior Amor,

Com o teu cuidado, ensinaste-me a olhar para Aquele que cuidava e cuida de ti

Com tua fé, deste-me o maior de todos os privilégios:

Saber que não estou sozinho, abandonado à própria sorte,

Pois se não podes carregar-me agora,

Ensinaste-me em quem posso confiar sempre...

“Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você!”. (Isaías 49.15)

Rev. Ézio Martins de Lima

Ps. Poesia escrita em homenagem à minha mãe, Diva Costa Souza, mulher guerreira, de fibra e fé. Mas é também uma homenagem às mães cujos os olhos em Cristo as tornam muito mais do que genitoras!