terça-feira, julho 04, 2006

O CORO CELESTIAL


“Na manhã da criação, as estrelas cantavam em coro, e os servidores celestiais soltavam gritos de alegria”

Jó 38.7 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

“E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”.

Lucas 2.13

Chama-me atenção o fato de que na criação, bem como no nascimento de Jesus, os anjos formem um grande coro (do gregro chorós, pelo latin choru) no louvor a Deus. Tal fato expressa que diante de Deus o ato apropriado é a perplexidade (temor e tremor) que redunda em adoração e louvor.

Os louvores dos anjos relatados nas escrituras têm caráter pedagógico. Somos exortados, ensinados e conclamados a não desprezarmos a majestade de Deus e, assim, não incorrermos no crasso erro de transformarmos o que é Glorioso em vulgar, comum, ordinário. Temos adorado a Deus como de fato deveríamos fazê-lo? Nosso coração é inflamado pela consciência da Sua gloriosa presença, e nossos lábios se abrem em louvor e todo nosso ser O adora? Ora, diga-me como adoras e eu digo quem é o seu deus!

Assim como o coro dos anjos, o canto coral na liturgia do culto do povo de Deus tem caráter pedagógico. Aliás, será que a existência dos corais humanos não é uma tentativa de trazer para a Terra o tipo de louvor entoado nos céus? Digressões à parte, o certo é que o ministério do canto coral, como todo o ato de louvor presente na liturgia do culto, não pode ser um fim em si mesmo, mas deve seguir o paradigma do coro dos anjos.

Neste final de semana o Ministério Canto Coral da IPI Central de Brasília celebra seu 44º. aniversário. Glória a Deus pela existência deste ministério que tem sido abençoado e abençoador, não somente em nossa igreja local, mas também nos lugares nos quais tem, segundo o modelo do Coro Celestial, entoando louvores a Deus. A recente viagem do Coral à cidade de São Paulo para a apresentação em 5 igrejas é um bom exemplo disso. Os inúmeros testemunhos das pessoas que ouviram o louvor entoado pelo Coral, demonstraram que o louvor realizado com arte, e acima de tudo com compromisso com a Glória de Deus, leva as pessoas a se renderem em adoração!

Como tem sido nos últimos 20 anos, a festa de aniversário tem sido o “Encontro de Corais”, cuja finalidade é uma grande concentração de louvor a Deus. Temos, assim, o privilégio de ouvir vários “corais” compostos de irmãos e irmãs, de várias denominações evangélicas, que têm dedicado seu tempo e seus dons para o louvor com arte e alegria diante de Deus. A nossa melhor reação —ao contrário daqueles que se reúnem para aplaudir os homens nos seus espetáculos de entretenimento— deve ser, portanto, o prostrar em adoração e, assim como os anjos, louvar a Deus!

Soli Deo Gloria!

Rev. Ézio Martins de Lima