sexta-feira, março 21, 2008

A Centralidade da Cruz


Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, não existe evangelho sem a cruz. O nascimento de Cristo, por si mesmo, não é a essência do evangelho. Mesmo a ressurreição, embora seja importante no plano geral da salvação, não é o cerne do evangelho. As boas-novas não consistem apenas no fato de que Deus se tornou homem, ou de que Ele falou com o propósito de revelar-nos o caminho da vida, ou de que a morte, o grande inimigo, foi vencida. As boas-novas estão no fato de que Deus lidou com nosso pecado (do que a ressurreição é uma prova); que Jesus sofreu o castigo como nosso Representante, de modo que nunca mais tenhamos de sofrê-lo; e que, por isso mesmo, todos os que crêem podem antegozar o céu. Gloriar-se na Pessoa e nos ensinos de Cristo somente é possível para aqueles que entram em um novo relacionamento com Deus, por meio da fé em Jesus como seu Substituto. A ressurreição não é apenas uma vitória sobre a morte, mas também uma prova de que a expiação foi satisfatória aos olhos do Pai (Rm 4.25) e de que a morte, o resultado do pecado, foi abolida por causa desta satisfação. Qualquer evangelho que proclama somente a vinda de Cristo ao mundo, significando a encarnação sem a expiação, é um falso evangelho. Qualquer evangelho que proclama o amor de Deus sem ressaltar que seu amor O levou a pagar, na pessoa de seu Filho, na cruz, o preço final pelos nossos pecados, é um falso evangelho. O verdadeiro evangelho é aquele que fala sobre o “único Mediador” (1 Tm 2.5-6), que ofereceu a Si mesmo por nós. E, assim como não pode haver um evangelho que não apresenta a expiação como o motivo para a encarnação, assim também sem a expiação não pode haver vida cristã. Sem a expiação, o conceito de encarnação facilmente se degenera num tipo de deificação do homem, levando-o a arrogância e auto-exaltação. E além disso, com a expiação (ou sacrifício) como a verdadeira mensagem da vida de Cristo e, por conseguinte, também da vida do cristão, quer homem ou mulher, esta deverá conduzi-lo à humildade e ao auto-sacrifício em favor das reais necessidades de outros. A vida cristã não demonstra indiferença àqueles que estão famintos e doentes ou têm qualquer outra dificuldade. A vida cristã não consiste em contentar-nos com as coisas que temos, ou com um viver da classe média, desfrutando de uma grande casa, carros novos, roupas finas e boas férias, ou com uma boa formação educacional, ou com a riqueza espiritual de boas igrejas, Bíblias, ensino correto das Escrituras, amigos ou uma comunidade cristã. Pelo contrário, a vida cristã envolve a conscientização de que outros carecem de tais coisas; portanto, precisamos sacrificar nossos próprios interesses, para nos identificarmos com eles, comunicando-lhes cada vez mais a abundância que desfrutamos...Viveremos inteiramente para Cristo somente quando estivermos dispostos a empobrecer, se necessário, para que outros sejam ajudados.

Rev. James Montgomery Boyce

terça-feira, março 18, 2008

Orações Úteis

Há alguns anos li um pequeno de texto do Rev. Jon Bloom. O texto, cujo título era “5 orações úteis”, tornou-se um modelo para as minhas orações durante o dia. O autor denominou estas “orações úteis” de os “5 D’s”. Transcrevo-as:

“Não importa o que aconteça, Senhor, conceda-me…

Deleite em ti como o maior tesouro do meu coração.

Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. (Salmo 37:4)

Desejo de te conhecer, estar contigo, e buscar o Seu Reino acima de tudo.

“Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.

(Salmo 37:4)

Discernimento que vem de uma mente renovada, que possa conhecer a sua vontade.

“Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal”. (Hebreus 5:14)

Disciplina para programar o que discirno como sua vontade.

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus”. (Efésios 5:15-16)

Diligência para cumprir a sua vontade de todo o meu coração.

“Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. (Deuteronômio 6:5)

Acrescentei mais dois “D’s”:

Determinação para continuar orando e crendo em Sua resposta, mesmo quando meus sentimentos se tornam confusos e a realidade contraria toda expectativa positiva

“(...) se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.” (I João 3.20-22)

“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lucas 18.1)

Dependência de Ti para que eu jamais me esqueça quem tu és Deus e que careço da graça e cuidado todos os dias, em todo tempo e em todos os lugares.

“De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio”. (Salmo 62.7)

Minha oração é que Deus te conceda a graça de descobrir as riquezas, bênçãos e privilégios de uma vida de oração!

No amor dAquele que nos amou primeiro,

Rev. Ézio Martins de Lima