terça-feira, outubro 31, 2006

A REFORMA PROTESTANTE - II

A REFORMA PROTESTANTE

Nesta terça-feira, dia 31/10, celebramos os 489 da Reforma Protestante. No dia 31 de Outubro de 1517 Martinho Lutero desencadeou a reforma com as suas 95 teses. Não obstante a tendência natural da pós-modernidade de considerar que o passado nada tem a nos ensinar, nós não descuidamos do ensino da Palavra de Deus que nos exorta: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais”. (Provérbios 22.28). Num tempo marcado por relativismos e subjetivismos, faz-se necessário voltar aos marcos antigos a fim de não corrermos o risco de pisar em solo estranho!
A tradição Reformada sempre professou que “a igreja porque é reformada deve sempre se reformar”; isto, contudo, não significa “jogar no lixo” a tradição que herdamos daqueles que viveram com fidelidade a Palavra de Deus e pagaram o preço a fim que o Evangelho chegasse até nós. A reforma constante pela qual a igreja deve passar não inclui a mudança ou alteração dos fundamentos da fé cristã. A verdade que impactou o mundo no século XVI continua sendo verdade para nós hoje! A verdade não é relativa, pois se for relativa não é verdade de fato.
Abaixo transcrevo parte da “Declaração de Cambridge”, um resumo daquilo que denominamos “Os Cinco Solas da Reforma Protestante”:
Sola Scriptura (Somente as Escrituras)
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.
Solus Christus (Somente Cristo)
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
Sola Gratia (Somente a Graça)
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.
Sola Fide (Somente a Fé)
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
Soli Deo Gloria (Só a Deus toda Glória)
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho”. (Fonte: Declaração de Cambridge)
Que neste mês da Reforma Protestante, a verdade da Palavra de Deus destacada, pregada e ensinada pela Reforma possa reformar a nossa vida a fim de que sejamos de fato “Herdeiros da Reforma”, e não apenas nominalmente “reformados”.
Soli Deo Gloria!

Ézio Martins de Lima, rev.

DIA DA REFORMA

En el Día de la Reforma, recordamos este Afirmación de fe elaborada por Martín Lutero



Creo en Dios que me ha creado a mi y a todas las criaturas, que me ha dado y sostiene mi cuerpo con todos sus miembros y mi espíritu con todas sus facultades que me provee abundante y diariamente el alimento, vestido y habitación y todo lo necesario para la vida.

Que me ampara contra todo peligro y me protege y guarda de todo mal y todo esto lo hace sin ningún merito o dignidad de mi parte, por su pura bondad y su divina misericordia, esto es ciertamente la verdad.

Creo en Jesucristo, verdadero Dios y verdadero Hombre, es mi Señor. Me ha redimido, a mi, perdido y condenado, liberándome del pecado, de la muerte y del poder del maligno, no con oro o con plata, sino por su sangre y sus sufrimientos y por su muerte inocente, para que le pertenezca para siempre y viva una vida nueva como El mismo, que resucitado de entre los muertos, vive y reina eternamente. Esto es ciertamente la verdad.

Creo que el Espíritu Santo me llama por el Evangelio, me ilumina con sus dones y me santifica, que me mantiene en la verdadera fe, en la Iglesia que El congrega de día en día. Es El también quien perdona plenamente mis pecados, así como a todos los creyentes. Es El quien en el postrer día me resucitará de entre los muertos y me dará, con todos los fieles en Cristo, la vida Eterna. Esto es ciertamente la verdad.



Credo/afirmación de Fe que Martín Lutero escribiera a propósito del Catecismo Mayor