sexta-feira, dezembro 29, 2006

Avaliando a Vida

Avaliando a Vida
Eclesiastes 12.1,6-7

Estes últimos dias do ano que ficou e os primeiros dias do ano que ora se inicia são dias nos quais limpamos nossas gavetas, fazemos uma limpeza nos nossos armários e guarda-roupas. É tempo de balanço nas lojas, é tempo de balanço da vida. É tempo de reflexão, de auto-análise, de introspecção. É tempo de avaliar o que foi feito em outros tantos dias que se passaram e que não podem mais ser mudados. É tempo de avaliar os erros, contabilizar os acertos e rever as intenções. Isto é importante para que erros não sejam repetidos...
Nossa compreensão linear do tempo nos leva a viver repetidamente este ritual a cada final e inicio de um novo ano. Esta compreensão do tempo com inicio e fim, sendo que o fim é percebido como “o tempo da renovação, da recriação, do recomeço”, é uma tentativa escatológica de compreender a existência e aliviar-se dos erros. Este ritual é, em outras palavras, uma esperança de “uma vida nova, porque o tempo é novo”. Contudo, nem o tempo se torna novo e nem a vida se torna nova com a final do ano e com o inicio de um outro.
O cristão não deve embarcar nessa jangada furada. A auto-análise deve ser um ato contínuo da vida do cristão, e não apenas um ato motivado por um pretenso recomeço do tempo. Ora, a vida nova do cristão não se dá porque é o tempo é recriado, e sim porque ele é nascido de Deus, pela obra regeneradora do Espírito Santo pela sua fé na obra redentora de Cristo.
O tempo de arrependimento é a qualquer tempo; o tempo de recomeço é qualquer tempo; a vida nova no tempo novo é uma realidade restrita à Obra de Jesus e ao tempo que Ele inaugurou: o tempo da salvação. Só participada da vida nova e do tempo novo aquele e aquela que se rendeu aos pés de Jesus e, por isso mesmo, tem sua vida recriada para o viver no tempo de Deus, agora e por toda a eternidade, quando o tempo como o conhecemos não mais existirá. A eternidade não conhece passado, presente e futuro...

Rev. Ézio Martins de Lima

‘No ano vindouro, tornarei a ti...’

‘No ano vindouro, tornarei a ti...’
“Acaso para Deus há cousa demasiadamente difícil? No tempo determinado, no ano vindouro, voltarei a ti...” (Gênesis 18,14).
Todo o início de ano é a mesma coisa. Prometemos a nós mesmos que neste ‘novo ano’ será diferente. Faremos isto; não faremos aquilo...Serei mais fiel à Palavra de Deus, entregarei meus dízimos com mais fidelidade, dedicarei mais tempo à oração, à evangelização, serei mais submisso, mais santo, enfim, um “cristão como cristão tem que ser!” Infelizmente, contudo, passam se os dias e tristemente constátamos que não somos capazes de cumprir as nossas promessas feitas a nós mesmo! Auto-engano! Terrível tragédia!
O início de um novo ano é naturalmente tempo de planejamentos, de definir metas, propósitos, etc. É um bom tempo para relembrarmo-nos de nossos objetivos e fazer um balanço da nossa vida! Mas em que estão firmadas as nossas esperanças?
Abraão e Sara viviam dia após dia na esperança que a promessa que o Senhor fizera fosse cumprida (Gênesis 12,2). Podemos dizer, com segurança, que a promessa do Senhor é que norteava e dava sentido às suas vidas. No entanto, se lermos atentamente os capítulos que evolvem a vida de Abraão e Sara, notaremos que eles não poucas vezes procuraram por suas próprias forças realizar o que Deus lhes havia prometido. Primeiramente foi Abraão quem tentou resolver o problema da descendência tentando adotar o damasceno Eliezer (Gênesis 15,2); depois foi Sara, ao fazer que Abraão tivesse um filho com Hagar (Gênesis 16, 1-16). Deus não aceitou os métodos de Sara e Abraão. A promessa era do Senhor. O cumprimento também seria (e foi) do Senhor.
Os anos passam e Sara e Abraão estavam em avançada idade. Sara já não acreditava que a promessa do Senhor fosse cumprida, e até ri dos três mensageiros (anjos) de Deus que avisam que no ano vindouro ela teria o filho da promessa. É aí que o Senhor, diante do riso incrédulo de Sara, diz a Abraão: “Acaso para Deus há cousa demasiadamente difícil? No tempo determinado, no ano vindouro, voltarei a ti, e Sara terá um filho” (Gênesis 18,14).
2007 pode ser o ano que o Senhor se voltará a ti para cumprir as Suas promessas. 2007 pode ser também o ano em que as conquistas, vitórias, serão maiores do que os fracassos. Reiteradamente a Bíblia ensina que a diferença entre o vencedor e o perdedor está, não no indivíduo que empunha a espada, mas em quem comanda o exército (veja 2 Crônicas 20). Se os planos, projetos e objetivos que você traçou para o próximo ano estiverem firmados no Senhor, no Deus do Impossível, não é necessário titubear e temer (Salmo 91,5-14). Se os planos traçados para o próximo ano, contudo, estiverem firmados tão somente em você mesmo, então o que você precisa saber para que este ano não seja como todos os outros --repletos de promessas que não se cumprem-- é que há uma promessa de Deus para sua vida:
‘Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor’. (Atos 3.19)

Rev. Ézio Martins de Lima

domingo, dezembro 24, 2006

Aprendamos com os pastores...

Aprendamos com os pastores...

O relato do Evangelho de Lucas sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos no primeiro Natal, e que presenciaram o cumprimento da promessa de Deus com respeito ao nascimento do Salvador, sempre me desafiam com perguntas inquietantes e exigem de mim ações concretas à altura do real sentido do Natal. (Lucas 2.8-20)
Homens comuns, fazendo coisas comuns e em um dia que aparentemente seria comum. Contudo, um anjo aparece durante a vigília da noite e anuncia a mais importante notícia de todos os tempos: “...hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2.11).
As ações dos pastores após esta “boa-nova de grande alegria” são um desafio para a nossa vida cristã! Veja:
Verso 15: “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer”. Eles demonstraram um real interesse em aprofundarem-se no conhecimento da vontade de Deus!
Verso 16: “Foram apressadamente...”. Conhecer mais, e de forma concreta, a vontade de Deus é urgente; é importante; é imperdível!
Verso 17 e 18: “... vendo-O, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Todos os que ouviam se admiraram...”. Eles proclamaram a mensagem com fervor e fé, o que produzia admiração e interesse!
Verso 20: “voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham ouvido e visto...”. O interesse transformou-se em experiência concreta que redundou em louvor vivo, alegre e jubiloso!
Princípios que aprendemos com os pastores:
1) O conhecimento da vontade de Deus deve levar-me à experiência concreta com Deus. Sem tal experiência, este conhecimento de nada vale para mim!
2) A experiência concreta faz o meu testemunho ser fervoroso. Aquilo que eu creio não passa despercebido das pessoas à minha volta!
3) O louvor, a adoração e a glorificação a Deus são uma realidade visível e permanente na minha vida de fé.
Os pastores celebraram o Natal verdadeiro da maneira que Deus também espera de você e de mim!
Eu quero celebrar este Natal assim como estes pastores, e você?

Rev. Ézio Martins de Lima