"Dias comuns, passam devagar... Tudo igual... Na minha vida tão simples Nada de especial Mas tudo isso é simplesmente o que eu vejo com os olhos do coração... Páro, penso eu vejo assim porque não entendo o que Deus é capaz de fazer... Na minha vida tão simples, onde nem mesmo o que é simples eu posso entender Mas Deus conhece minha limitação e me faz ver com os olhos da fé... E eu posso abrir minhas asas e como águia, voar..."
“Amor de mãe” é possivelmente o amor mais abnegado que conhecemos. Basta atentarmos para o vasto número de histórias de amor materno que comprovam esta declaração.
O amor materno é de tal forma ímpar que, na Bíblia, chega a ser comparado com o próprio amor de Deus: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti”. (Isaías 49, 15)
Encontramos também no Salmo 91,1-4 a bela imagem de Deus como aquele que nos ampara como a galinha aos seus pintainhos: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente, diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo”.
Tanto o texto de Isaías quanto o Salmo, utilizando-se de um antropopatismo, nos falam dos cuidados maternais de Deus. Assim como u’amãe, Deus manifesta zelo pelos seus filhos e sofre com a indiferença destes: “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” (Isaías 1.2-3)
Na leitura da Bíblia podemos ver que Deus, criador e senhor de todas as coisas, chama seus filhos para perto de si, mostrando-lhes que se tornaram indiferentes ao Seu amor: “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” (Isaías1.2-3).
Há muitas especulações sobre Deus, todas fracassam se não intuírem seu grande amor. Os textos do Antigo Testamento supracitados expressam, ainda que parcialmente, de forma sublime este grande amor e o cuidado de Deus. De uma maneira ainda mais radical, os Evangelhos revelam o rosto de Deus em Jesus, o Filho, que me inspira a meditar e perceber que Deus pagou o preço para me livrar da miséria do pecado e, assim, me resgatar do meu indiferentismo, a fim de que eu possa ser chamado de “FILHO”.
Tal compreensão do amor de Deus é cura integral para a minha vida. Quando me sinto perdido e só, lembro que há alguém que me ama o suficiente para jamais me abandonar, mas que também é poderoso suficiente para me salvar. Ele não apenas entende e partilha comigo de minha dor, como sob Seus olhos misericordiosos sinto-me acolhido e salvo.
Que descanso e paz, consolo e alegria, esperança e fé advém do fato de saber (e experimentar) que sou amado por Deus e que, em Cristo, de forma plena, Ele revela o Seu amor perfeito por mim. Por isso, tenho a confiança plena de que posso entregar minha vida aos seus cuidados, pois ainda que “meu pai e minha mãe me desamparem, o SENHOR me acolhe” (Salmo 27,9-10)