quinta-feira, julho 07, 2011

Cristianismo em Crise

O cristianismo  sofre a crise da falta de conteúdo porque para muitos cristãos crer tornou-se sinônimo de "não-pensar". O cristianismo sofre a crise da credibilidade, porque os cristãos não se parecem muito com o que dizem crer. O cristianismo sofre a crise institucional, posto que muitas denominações/igrejas locais tornaram-se um fim em si mesmas: lutam para manter o que sāo ao invés de lutar pelo propósito da Missão outorgada por Deus. 
A crise do cristianismo não deve ser confundida, contudo, com uma crise da fé cristã. Os Cristãos, salvos por Cristo, sempre foram, na história da cristandade, os responsáveis por mostrar que Jesus Cristo não está institucionalizado e tampouco que crer é deixar de pensar. Ergam-se Cristãos, e não se deixem desanimar por conta dá crise na cristandade!
Rev. Ézio Lima

quarta-feira, julho 06, 2011

“... não sereis como os hipócritas”


“... não sereis como os hipócritas”
(Mateus 6.5)
"Hipocrisia" foi a palavra que Jesus usou para caracterizar a exibição dos fariseus, em sua fome voraz pelo reconhecimento público de sua religiosidade.  No grego clássico, hupokrités era, primeiro, um orador e, então, um ator. Assim, figuradamente, a palavra pas­sou a ser aplicada a qualquer pessoa que trata o mundo como se fosse um palco no qual ela executa um papel. Deixa de lado a sua verdadeira identidade e assume uma identidade falsa. Já não é mais ela mesma, mas disfarça-se, personalizando alguma outra pessoa. Usa uma máscara. No teatro, não há mal algum ou mentira da parte dos atores que executam os seus papéis. O auditório sabe que veio assistir a uma peça; não é iludido. O problema com o hipócrita religioso, por outro lado, é que deliberadamente pretende enganar as pessoas. E como um ator na sua representação (de modo que o que vemos não é a pessoa real, mas um papel, uma máscara, um disfarce), mas é totalmente diferente do ator neste sentido: participa de alguma prática religiosa, que é uma atividade real, e a transforma em algo diferente daquilo que é na realidade, isto é, numa peça faz-de-conta, numa exibição teatral diante de um auditório. E tudo é feito para receber aplausos ou simplesmente para dissimular.
A questão é: se o fariseu leva mesmo a sério aquilo que crê, por que dissimula? Por acaso concebe que Deus não vê sua hipocrisia? Ou será que ele não crê em Deus? Ou, ainda pior, será que não se dá conta que usa uma máscara?
É fácil ridicularizar aqueles judeus fariseus do primeiro século. Nosso farisaísmo cristão, contudo, não é em nada engraçado. A religiosidade quando se transforma numa dissimulação é uma escravidão. O auto-engano é fatal para a alegria e paz verdadeiras. Assim, a hipocrisia religiosa logo torna as pessoas amargas e rancorosas, sem prazer naquilo que deveria proporciona-lhes vida abundante. O culto se transforma numa obrigação enfadonha. Perde-se também a alegria na leitura da Palavra de Deus e o prazer do privilégio da vida de oração. A tragédia é que, assim como o fariseu, o hipócrita quase sempre não se dá conta da escravidão em que vive.
A conversão da religiosidade para a fé cristã genuína é um milagre que o Espírito Santo realiza em nossa vida. É uma cura sobrenatural! Tal milagre começa com a confissão da nossa dissimulação. O resultado de tal confissão é que a sinceridade abre o caminho para a graça de Deus se manifestar!
 Experimente! Um coração sincero diante de Deus abre a porta do céu para que muitos milagres aconteçam: “Ó Deus, o meu sacrifício é um espírito humilde; tu não rejeitarás um coração sincero e arrependido”  (Salmo 51.17).
No amor dAquele que nos amou primeiro,

Rev. Ézio Martins de Lima