O Tapeceiro
Stênio Botelho Nogueira

Tapeceiro, grande artista,

Vai fazendo seu trabalho

Incansável, paciente no seu tear

Tapeceiro, não se engana

Sabe o fim desde o começo,

Traça voltas, mil desvios sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria,

É tecida de cores alegres e vivas,

Que fazem contraste no meio das cores

Nubladas e tristes

Se você olha do avesso,

Nem imagina o desfecho

No fim das contas, tudo se explica,

Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo,

Muda-se logo a expressão do rosto,

Obra de arte pra Honra e Glória do Tapeceiro

Quando se vê pelo lado certo,

Todas as cores da minha vida

Dignificam a Jesus Cristo, o Tapeceiro

A BUSCA PELA VIDA

“Pois assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me e vivei”.
Livro do profeta AMÓS, capitulo 5:4.

O ser humano desde sua trágica queda e expulsão do Éden está à procura da árvore da vida. As buscas são frenéticas, porque a necessidade é a mais forte que se impõe sobre nós! Precisamos de vida! Carecemos de vida! Ansiamos por vida! Nos sensibilizamos diante da beleza de uma poesia; choramos quando ouvimos uma canção ou assistimos a um filme... Estes momentos, mesmo acontecendo em frações de segundos, são para nós como que a participação em um mistério ao qual não conseguimos denominar... é como se de alguma forma estivesse gravado dentro de nossas mentes uma pequena lembrança do paraíso. Por isso não nos acostumamos com a feiúra da vida, com as tragédias, com a mentira, com a maldade. Isto nos é estranho. E não é somente estranho aos bons, mas também aos maus; afinal, os brutos também choram...
O ser humano busca a vida... porque se há uma necessidade presente em nossos corações, esta necessidade é a de viver de verdade, e não apenas de um mero existir.

1. Esta sede de vida faz-nos criar religiões.

A ânsia por vida lança-nos atrás de inúmeras alternativas! As alternativas humanas, contudo, nada mais são que subterfúgios, haja vista que nos enganamos com os encontros resultantes destas buscas que só nos trazem frustração, ou quando muito, um bem-estar efêmero!
As religiões nada mais são que subterfúgios criados resultantes do fato de que o ser humano não quer abrir mãos de ser senhor de sua vida, criando para si deuses segundo sua própria necessidade e submissos ao seu próprio capricho! João Calvino, o Reformador de Genebra, escreveu que “A mente de um homem é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo sua própria razão".

2. A busca pela vida só encontra êxito quando procuramos o Deus da Vida, que se revelou em Cristo Jesus!
Note no texto de Amós 5.4: “Buscai-Me”...
A quem devemos buscar? Ao Senhor Altíssimo! Isto parece tão óbvio, não? Mas quão distantes estamos de tal verdade! Precisamos ser lembrados de que não devemos buscar a Deus segundo nossos conceitos, mas como Ele se revela. Se Deus é Deus, devemos em primeiro lugar reconhecer e confessar que é Ele mesmo quem diz o que devemos fazer para encontrá-Lo. "Religião é a busca do homem a Deus. Por isso há muitas religiões. Mas o Evangelho é Deus buscando o homem, por isso só há um Evangelho" (Stanley Jones)
Se queremos buscar a Deus, precisamos em primeiro lugar reconhecer que não iremos encontrá-Lo senão no encontro real com Jesus Cristo! João 1.14 “ O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai”. Esta busca por Deus, ao contrário das inúmeras alternativas falsas e frustrantes às quais nos submetemos para aplacar este desejo latente por vida, não é em vão! O Deus da vida promete: Buscai-Me e vivei”. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). Vida em abundância! Vida verdadeira! Vida plena!

Ansiamos por vida! Carecemos de vida! Necessitamos de vida! Desejamos um sentido para a vida! A resposta é uma só! A solução continua sendo a mesma, porque a necessidade de gerações após gerações também é a mesma! Não há outro caminho que encontre êxito, porque somente um caminho leva-nos à resposta definitiva! “Bucai-Me”, diz o Senhor, “e VIVEI!”

Rev. Ézio Martins de Lima

Iniciativa

Estou postanto um maravilhoso texto do Dr. Packer. Espero que vocês possam se deleitar....

O cristão vive para agradar a Deus
“Falamos, não que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração.”
1 Ts 2.4

É uma verdade familiar que todo o propósito da vida cristã deve ser glorificar a Deus. Esta é a vocação oficial do crente. Todas as coisas que dizemos e fazemos, toda nossa obediência aos mandamentos de Deus, todas as nossas relações com outros, todo o uso que fazemos dos dons, talentos e oportunidades que Deus nos dá, toda nossa paciência e perseverança diante de situações adversas e hostilidade humana, deve ser conduzido de tal forma para dar a Deus honra e louvor por sua bondade para com aqueles a quem Ele concede seu amor (1 Co 10.31; cf. Mt 5.16; Ef 3.10; Cl 3.17).
Igualmente importante é a verdade que a atividade integral de cada cristão deve ser a de agradar a Deus. Isto pode ser definido apropriadamente como vocação pessoal do cristão. Jesus não viveu para agradar a si mesmo, nem podemos nós fazê-lo (Jo 8.29; Rm 15.1-3). Agradar a Deus em todas as coisas deve ser nossa meta (2 Co 5.9; Cl 1.10; 1 Ts 2.4; 4.1). Fé (Hb 11.5,6), louvor (Sl 69.30,31), generosidade (Fp 4.18; Hb 13.16), obediência à autoridade divinamente instituída (Cl 3.20), e sinceridade nos serviço cristão (2 Tm 2.4) se associam para formar o meio prescrito de fazê-lo. Deus nos capacita para este tipo de vida e tem prazer em nossa prática dela. É seu procedimento comum pela graça soberana dar o que ordena e deleitar-se com os resultados (Hb 13.21; cf. Fp 2.12,13).
Por meio do chamado controlado pela vida para agradar a Deus, aprendemos o sentido preciso no qual a verdadeira piedade é relacional e criativa. Deus se relaciona com os cristãos não somente como Pai para filho, mas também como Amigo para amigo. Abraão foi chamado amigo de Deus (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23); Cristo chama seus discípulos de amigos (Lc 21.4; Jo 15.14). A medida da graça de Deus é que Ele faz dos pecadores amigos; a medida da piedade do cristão é que ele procura agrada o Amigo celestial, exatamente como os esposos procuram agradar um ao outro para mostrar seu amor (1 Co 7.32-35). O Cristianismo é um caso de amor, e a piedade é, em essência, uma questão de expressar amor reconhecido e reverente, procurando agradar.
Criatividade é parte da imagem de Deus no homem, e ela se propõe a encontrar expressão em um vigoroso estilo de vida, à medida que procuramos mostrar gratidão a Deus. O amor sempre perguntará se mais pode ser feito para agradar, e mais amor ao próximo, mais serviço às necessidades de outros, sempre será uma parte da resposta (1 Jo 3.11-18). Se nossos planos para agradar a Deus envolvem risco, devemos lembrar que a parábola de Jesus sobre os talentos elogia aqueles que arriscaram seu dinheiro no mercado e condena o que pratica uma ação tímida (Mt 24.14-30).
Rev. J. I. Packer (Teologia Concisa, pg. 175-176)

Haverá de nascer o dia....

Haverá de nascer o dia,
não um dia qualquer,
pois um dia qualquer não há.
Conquanto este dia será o dia;
no qual os sonhos deixarão de ser quimeras,
o final feliz não será apenas um talvez,
a esperança não mais existirá,
posto que a alegria já é um fato!

Ézio Martins de Lima