“E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo...” (Marcos 16.2)
As mulheres foram ao túmulo com o propósito de embalsamar o corpo de Jesus. Elas não puderam fazê-lo no dia anterior, mas agora antes do pôr-do-sol queriam conceder-lhe um pouco de dignidade...
Elas, contudo, não puderam perfumar o corpo de Jesus. A morte não pode ser celebrada ou festejada. A morte é o inimigo a ser vencido, não o amigo a ser celebrado. Elas, porém, são surpreendidas com a visão do túmulo vazio... Ficam perturbadas, ansiosas, angustiadas: “Onde colocaram o corpo do Senhor?”, perguntavam. “Ah por que procuram entre os mortos aquele que vive?”, é a resposta angelical.
No próximo domingo os cristãos celebram a Páscoa. Para nós esta data é o momento de rememorar a visita ao túmulo vazio e o encontro com o Cristo Ressurreto. Não iremos à cruz ou ao túmulo para encontrar a Jesus. Não! Os que crêem em Cristo sabem que a sua cruz e o seu túmulo estão vazios.
A cruz está vazia! “Por isso Jesus é o Grande Sacerdote de que necessitamos. Ele é perfeito e não tem nenhum pecado ou falha... Ele ofereceu um sacrifício, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo (Hebreus 7.26-27). Na cruz, Cristo consumou a propiciação pelos nossos pecados. Pagou a nossa dívida. Morreu a nossa morte. Reconciliou-nos consigo mesmo. Fez o caminho livre. Pecadores são justificados e aqueles que antes viviam como inimigos de Deus podem agora gozar da plena comunhão e paz com Ele: “Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dele pela morte de Cristo na cruz” (Efésios 2.13).
O túmulo de Cristo também está vazio! Por isso ele se tornou o símbolo da nossa vitória sobre a morte, o último inimigo a ser vencido. O túmulo vazio mostra-nos que as aparências enganam; e é por isso que não podemos andar segundo as aparências: “Visto que andamos por fé, e não pelo que vemos” (II Co 5.7). A cruz não é o fim, mas a estrada para um novo começo. “Na teologia histórica cristã a morte de Cristo é o ponto central da história; para aí todas as estradas do passado convergem; e daí saem todas as estradas do futuro” (Stephen Neill). O túmulo de Cristo, imagem de aparente derrota, torna-se para os que nEle crêem símbolo da vitória sobre a morte e sobre os poderes de morte.
A cruz e o túmulo de Cristo estão vazios! Aleluia! Podemos celebrar a Páscoa!
Rev. Ézio Martins de Lima
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