quarta-feira, dezembro 19, 2007

DEUS CHEGA MAIS PERTO!

“Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus”. (Lucas 1.30-31)
“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas 2.10-11)




“Não temas” é a expressão que quase sempre acompanha as aparições dos anjos registradas na Bíblia. Não admira. Tão absorvidos com as coisas cá da terra ficamos mesmo perplexos, e com um medo catatônico, quando surpreendidos com a realidade do sobrenatural. Deus sabe disso! Ele sabe que nos perdermos dEle e de nós mesmos. Confusos e perdidos, concebemo-lO como um estranho, distante e desconhecido.
Os Evangelhos, no entanto, relatam que no nascimento de Jesus —ocasião em que “Deus se fez carne e habitou entre nós” (João 1.14)— Deus apareceu na terra de forma nada assustadora. Por meio de Jesus, dormindo naquela manjedoura quando da visita dos pastores, o Senhor e Criador do Universo encontra um modo de aproximação que não precisamos temer. Afinal, o que poderia ser menos assustador que um recém-nascido?
De acordo com a Bíblia, Jesus é ao mesmo tempo Deus e homem. Como Deus, ele é capaz de operar milagres, perdoar pecados, vencer a morte... Jesus fez tudo isso, provocando a admiração das pessoas que o cercavam. Mas para os judeus acostumados a imaginar Deus sob a forma de uma nuvem brilhante ou de uma coluna de fogo, Jesus também causava grande confusão. Como poderia um bebê de Belém, ser o Messias do SENHOR?
Afinal, por que Deus se esvazia e assume forma humana? A Bíblia apresenta vários motivos, alguns densos de teologia e outros bastante práticos. Lucas 2.41ss nos dá uma pista: Jesus, adolescente, ensinando os mestres no templo. Pela primeira vez pessoas comuns conseguem manter um diálogo, um debate, com Deus em forma visível. Jesus pode conversar com qualquer pessoa – Maria, José, um mestre, uma viúva pobre, uma adúltera, um cobrador de impostos, um leproso... –sem primeiro ter de anunciar: “Não temas”. Os perdidos e confusos são atraídos por seu amor e salvos por sua graça!
Muito tempo depois daquele Natal, o Apóstolo João, meditando sobre o mistério da Salvação, escreveu: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” (1 João 4.18). É isso! Em Jesus, Deus chega mais perto! Eis o sentido do Natal.

Rev. Ézio Lima

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