quarta-feira, junho 07, 2006

A GLÓRIA DE DEUS E A ALEGRIA DOS HOMENS

A GLÓRIA DE DEUS E A ALEGRIA DOS HOMENS

PERGUNTA 1. Qual é o fim principal do homem?

RESPOSTA. O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.

Referências: Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.25-26; Is 43.7; Rm 14.7-8; Ef 1.5-6; Is 60.21; 61.3.

Breve Catecismo de Westminster

Foi na leitura do livro “Teologia da Alegria”, escrito pelo Rev. John Piper, que meus olhos se abriram para uma verdade que tem mudado minha forma de compreender e viver a vida cristã.

A forma que eu adoro, leio a Bíblia, oro, jejuo, amo as pessoas à minha volta, envolvo-me na obra do Reino de Deus, exercendo, assim, os dons outorgados pelo Seu Espírito, tem uma relação direta com a minha compreensão sobre Deus. Piper faz no seu livro algumas perguntas intrigantes: “Você consegue imaginar como seria se o Deus que governa o mundo não fosse feliz? Como seria se Deus tivesse a tendência de reclamar, ficar com tédio e deprimido, como algum gigante de João e o pé de feijão no céu? Como seria se Deus ficasse frustrado, desanimado, mal-humorado, sinistro, descontente e abatido? Poderíamos acaso nos juntar a Davi e dizer: “O Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo de almeja, como terra árida, exausta, sem água”. Piper responde: “Duvido. Todos nos relacionaríamos com Deus como crianças pequenas que têm um pai frustrado, sombrio, desanimado e descontente. Elas não conseguem se alegrar nele. Podem apenas tentar não incomodá-lo, e talvez tentar trabalhar pra ele para conseguir algum pequeno favor”.

“Se Deus não é feliz”, continua Piper, “o prazer cristão não têm alicerce, porque o objetivo daquele que busca o prazer cristão é ser feliz em Deus para deliciar-se nele, cultivar e ter prazer em sua comunhão e boa vontade”.

A alegria é marca distintiva da vida cristã genuína. Ser um cristão e não gozar de uma profunda e verdadeiro prazer em Deus é um paradoxo, pois não se pode glorificar a Deus, louvá-Lo e servi-Lo, sem que haja prazer nEle mesmo.

Um cristão sem alegria, portanto, é um difamador do seu Senhor. Não há nada que contradiga mais radicalmente a fé cristã do que uma vida descontente. Os choramingueiros denunciam a contrariedade de uma alma mal-humorada. A murmuração desfigura a legitimidade da experiência salvadora, e a reclamação crítica faz transparecer um espírito amargurado. As pessoas que têm por objetivo encontrar falhas nos outros e nas coisas ao redor, raramente encontram outra coisa! Este sentimento de “desgosto pela vida” acaba denegrindo a pessoa daquele que dizem ser o seu Salvador. Todos aqueles que foram apenas condicionados com a mensagem religiosa não passam de meros inconformados, sem qualquer expressão de genuína alegria.

Billy Sunday costumava dizer que se você não tem alegria na vida cristã, existe vazamento em algum lugar do seu cristianismo. A mensagem do Evangelho destituída de uma expressão jubilosa, de gozo proveniente de um coração satisfeito em Deus, é um contra-senso insustentável. Fé cristã sem regozijo é como o carvão que denuncia as mãos de quem lhe manuseia. Ninguém pode dar crédito ao cristianismo cuja reputação ofusca que “glorificar a Deus traz gozo àqueles que O glorificam”.

Enquanto a alegria deste mundo é fugidia e efêmera –talvez por isso a canção popular expresse que ‘tristeza não tem fim, felicidade, sim!’ –, a alegria dos santos de Deus é permanente: “Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança, por isso na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria”. (Isaías 61.7).

Não há nada que possa apagar o gozo da certeza da salvação eterna, decretada gratuitamente por Deus Pai, comprada na Cruz do Calvário pelo nosso Senhor Jesus Cristo e testificada em nossos corações pelo Espírito Santo. Os salvos, assim, são mais felizes nas suas tribulações do que Adão no paraíso. “Regozijar-me-ei mui-to no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com suas jóias”. (Isaías 61.10). Walter Cradock disse: ‘Pegue um santo, coloque-o sob quaisquer circunstâncias, e ele saberá como regozijar-se no Senhor, de sua eterna salvação”.


Rev. Ézio Martins de Lima

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