quarta-feira, novembro 19, 2014

OS VERDADEIROS TESOUROS

Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois, onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. (Mateus 6.19-21)
Um tesouro pode referir-se a algo que desejamos ardentemente ou a algo que guardamos preciosamente. Um tesouro alegra-nos no presente e é uma segurança no futuro. É natural que o nosso coração se vire para o que deseja ou que se prenda ao que possui.
Jesus convida-nos a olhar para os nossos tesouros com discernimento. Convida-nos a distinguir as buscas fúteis e os bens efêmeros daquilo que de mais durável ali se pode encontrar.
Talvez tenhamos já vivido uma espera impaciente pela chegada do fim de semana, para encontrar alguma fonte de alegria. Contudo, rapidamente percebemos que não poderia ser mais do que um episódio e que nada de fundamental mudara. Ou, talvez, tenhamos trabalhado por muito tempo para conseguir um certo emprego ou poupado dinheiro para comprar um objeto específico. Contudo, tomamos consciência que, uma vez obtido, o cargo ou o objeto desejado perdeu a sua importância.
Pode até acontecer que aquilo que consideramos um tesouro que nos daria uma segurança no futuro perca o seu valor. Uma queda na bolsa de valores pode desvalorizar ações de forma tão radical como as traças destroem uma peça de roupa.
Diante desta realidade, a Bíblia não cessa de expressar a sua confiança na fidelidade de Deus. A vida é frágil, mas a palavra de Deus não falha (Isaías 40.8). O homem morre facilmente, mas o amor de Deus é para sempre (Salmo 103.16-17).
Qual é o nosso tesouro? Onde encontrar a nossa alegria e a nossa segurança? A que prender o nosso coração?
Para Martinho Lutero, esta questão é o equivalente a dizer: Quem é o nosso Deus? Escreve: “Aquilo a que prendes o teu coração é o teu Deus”. É dele que esperamos todos os bens, é nele que encontramos refúgio em momentos de angústia. Quando, nos seus mandamentos, Deus nos diz para não possuirmos outro Deus além de si, “(...) é como se nos dissesse: o que te falta, espera-o de mim e procura-o junto de mim. Eu dar-to-ei. Serei eu que to darei. Não prendas o teu coração a outros nem o repouses junto a outrem”.
É Deus quem precisa ser procurado e amado. É o valor seguro que não se altera. O seu amor por nós é a base sólida inabalável, na qual podemos edificar uma casa feita de fé, esperança e amor. Segundo o apóstolo Paulo, são estas as três coisas que, afinal, permanecem (1 Coríntios 13.13).
Pense nisso:
a)      Onde ou em quem procuro alegria e segurança?
b)      Aquilo que procuro entendo valer a pena ser buscado com tanta entrega?

c)      O que pode me ajudar a “prender meu coração em Deus”?

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