segunda-feira, agosto 23, 2010

Quando tudo não é o bastante - esboço de uma conversa sobre o sentido da vida!

(A Vida Encoberta)
Matthew Arnold,
The Buried Life

“Muitas vezes, nas ruas agitadas deste mundo,
Muitas vezes, em meio à confusão da luta
Surge um desejo inexprimível
De conhecer nossa vida encoberta:
Ânsia de consumir nosso fogo e força impetuosa
Para encontrar a pista do curso original;
Um desejo de investigar
Os mistérios deste coração que bate
Tão louco, tão profundo dentro de nós ---para conhecer
De onde nossa vida vem e para onde vai”


Quem não ouviu falar ou não viu no cinema ou na televisão o filme “E O VENTO LEVOU”? Transformou-se num clássico do cinema de todos os tempos. Ele mostra a saga de uma família do sul dos Estados Unidos durante a guerra civil norte-americana. É uma narrativa heróica e trágica a um só tempo.
O filme termina deixando em nós a sensação de que tudo que aconteceu não passou de um sonho ou de um pesadelo. Tudo foi levado pelo vento. O vento é uma imagem poética e bonita para falar da transitoriedade e precariedade da vida.
“O homem nasce e morre na busca do sentido de sua existência”.
Frankl:
"a busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida...”
“Sem dúvida, a sociedade industrializada está sempre visando satisfazer todas as necessidades humanas possíveis, e seu fenômeno concomitante, a sociedade de consumo, visa até mesmo criar necessidades que possam ser por ela satisfeitas. Apenas a necessidade mais humana, de todas, a necessidade de sentido, é frustrada pela sociedade.
Às vezes a falta de sentido frustrada é vicariamente compensada por uma vontade de poder, incluindo a sua mais primitiva forma, que é a vontade de dinheiro. Em outros casos, o lugar da vontade de sentido frustrada é tomado pela vontade de prazer. É por isso que muitas vezes a frustração existencial acaba em compensação sexual".

O filósofo Ludwig Wittgenstein escreveu: “Crer em Deus significa ver que a vida tem sentido” (Tagebücher - diários).

“Deus Todo-Poderoso, em quem vivemos e nos movemos e temos nossa existência, que nos fizeste para ti mesmo, de modo QUE NOSSOS CORAÇÕES NÃO ENCONTRAM DESCANSO ENQUANTO NÃO DESCANSAREM EM TI” (Agostinho de Hipona,  in: Confissões).


(1) Apud: James Houston, A Fome da Alma, São Paulo, Abba Press, 2000, p.127.
(2) Em Busca de Sentido,  São Leopoldo/Petrópolis, Sinodal/Vozes. 2000, p.92.
[3] Vickto Frankl.  A presença Ignorada de Deus.  São Leopoldo/Petrópolis, Sinodal/Vozes, 1997, p. 79.

[4]  Idem, p. 97
 

Ézio Lima, pr

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