sábado, setembro 05, 2009

“Independência ou morte!”


O príncipe-regente Dom Pedro teria proclamado o grito "Independência ou Morte!" às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, no dia sete de setembro de 1822. Oficialmente este dia tornou-se o marco da independência do Brasil do Império Português.

A Palavra de Deus nos adverte que a morte é conseqüência do pecado. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Tal como é incompreensível o ato de dormir abraçado com uma serpente venenosa é a tolice de se viver preso ao pecado, ainda que se possa julgá-lo como um animalzinho de estimação. Não se poder domesticar o pecado porque é da sua natureza causar a morte.

A nossa independência em relação ao pecado é possível! Pois, se “o salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A redundância no texto (“dom gratuito”) é para que não esqueçamos que nossa libertação do pecado só é possível por causa da graça de Deus. É um milagre! É sobrenatural!

Em Cristo, e somente em Cristo, temos a promessa da nossa independência em relação ao poder imperial e danoso do pecado! “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”. (Gálatas 5.1). Mas diferentemente do grito do Ipiranga, esta independência se dá com a morte: “O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta”. (I Pedro 2.24)

Contudo, o texto de Gálatas mostra-nos que temos sérios problemas com esta liberdade. É que nos habituamos tanto com as algemas do pecado que não sabemos gozar a liberdade. Depois de libertos, podemos sentir uma atração doentia pelas algemas. E vai lá o pecador contumaz se submeter outra vez, e de novo, à escravidão. Aprecio como a Bíblia na Nova Tradução da Linguagem de Hoje traduz este texto: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente”.

Independência em relação ao pecado se prova na vida no cotidiano: em nossas opções quanto ao tempo livre, nas nossas decisões, na forma como empregamos nosso tempo, o nosso dinheiro, a nossa energia... O nosso poder para fugir das algemas do pecado está, pois, intimamente relacionado com o nível de compromisso que temos com a Palavra de Deus, com o tempo que temos de oração, na forma como adoramos a Deus, no nível de envolvimento com a igreja e como desenvolvemos nossa vida cristã.

“Assim também vocês devem se considerar mortos para o pecado; mas, por estarem unidos com Cristo Jesus, devem se considerar vivos para Deus. Portanto, não deixem que o pecado domine o corpo mortal de vocês e faça com que vocês obedeçam aos desejos pecaminosos da natureza humana. E também não entreguem nenhuma parte do corpo de vocês ao pecado, para que ele a use a fim de fazer o que é mau. Pelo contrário, como pessoas que foram trazidas da morte para a vida, entreguem-se completamente a Deus, para que ele use vocês a fim de fazerem o que é direito. (Romanos 6.11-13).

Rev. Ézio Martins de Lima

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