São muitos os obstáculos que encontramos quando decidimos aprofundarmo-nos na escola da oração. Depois de compreendermos a necessidade que temos de orar, logo descobrimos que não é nada fácil dedicar tempo à oração. Parece ser contraditório o fato de que uma necessidade premente encontre tantos obstáculos. Mas disso decorre do fato de que a oração, embora seja em certo sentido uma ação natural do ser humano transcendente, só pode ser desenvolvida de forma profunda a partir de uma compreensão e uma experiência com o seu caráter sobrenatural. Oração cristã, pois, é natural e sobrenatural, comum e incomum, um ato humano e uma ação milagrosa de Deus, luz e mistério, razão e emoção, obra e fé.
Um dos obstáculos que todo aquele que deseja trilhar o caminho da oração encontra tem a ver com o tempo. Boa parte do nosso insucesso na oração se deve em grande parte ao ativismo em que vivemos em nosso tempo. Estamos sempre ocupados demais. Com pressa demais. Atarefados demais. Acordamos preocupados com tantas coisas a serem feitas... que negligenciamos as palavras de Jesus: “Sem mim nada podeis fazer” Passamos o dia todo correndo de um lado para o outro... e exaustos esquecemo-nos de que aos pés de Jesus e somente ali encontramos refrigério e alívio para as nossas aflições, bem como direção segura para a nossa vida.
Os cristãos, especialmente os reformados, dão muito valor ao ensino de João 9.4: “Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar”.
Confirma isso muitos dos hinos de nossos hinários. Lembro-me das estrofes do antigo hino, que tantas vezes cantei na igreja: “Vamos nós trabalhar, somos servos de Deus, com o Mestre seguir no caminho dos céus; com o seu bom conselho o vigor renovar, e fazer prontamente o que Cristo mandar”. Eis aqui expresso uma indelével marca do espírito protestante: “trabalhar, trabalhar e trabalhar”. Com isso, o trabalho, ação, a atividade, ocupou o lugar da contemplação. O fazer para Deus ocupou o lugar do momento com Deus. O racionalismo tornou-nos especialistas no conhecimento sobre a oração, mas inábeis na sua prática. Assim podemos nos tornar como conhecedores de mapas que nunca visitaram os lugares que nos mapas sabem encontrar tão facilmente...
Lembremo-nos da prática de Jesus: “De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava” (Marcos 1.35). Não! Não confunda a madrugada como o melhor horário, e nem o deserto como o melhor lugar. Estas compreensões só nos atrapalham. O deserto é seu lugar de encontro com Deus. Qualquer lugar, de preferência um que você não seja interrompido. O horário é aprender a usar a disciplina como amiga. É definir um tempo melhor para se dedicar à oração e perseverar em mantê-lo até que se transforme em um “hábito”. Vá tentando e testando lugares e horários, até que você descubra qual o seu “ deserto” e qual a “sua madrugada”. O que não pode faltar, em nenhuma destas tentativas, é uma disposição sincera de ser surpreendido pela graça e amor de Deus! Só um aviso: prepare-se para grandes coisas!
Os cristãos, especialmente os reformados, dão muito valor ao ensino de João 9.4: “Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar”.
Confirma isso muitos dos hinos de nossos hinários. Lembro-me das estrofes do antigo hino, que tantas vezes cantei na igreja: “Vamos nós trabalhar, somos servos de Deus, com o Mestre seguir no caminho dos céus; com o seu bom conselho o vigor renovar, e fazer prontamente o que Cristo mandar”. Eis aqui expresso uma indelével marca do espírito protestante: “trabalhar, trabalhar e trabalhar”. Com isso, o trabalho, ação, a atividade, ocupou o lugar da contemplação. O fazer para Deus ocupou o lugar do momento com Deus. O racionalismo tornou-nos especialistas no conhecimento sobre a oração, mas inábeis na sua prática. Assim podemos nos tornar como conhecedores de mapas que nunca visitaram os lugares que nos mapas sabem encontrar tão facilmente...
Lembremo-nos da prática de Jesus: “De madrugada, ainda bem escuro, levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto, e ali orava” (Marcos 1.35). Não! Não confunda a madrugada como o melhor horário, e nem o deserto como o melhor lugar. Estas compreensões só nos atrapalham. O deserto é seu lugar de encontro com Deus. Qualquer lugar, de preferência um que você não seja interrompido. O horário é aprender a usar a disciplina como amiga. É definir um tempo melhor para se dedicar à oração e perseverar em mantê-lo até que se transforme em um “hábito”. Vá tentando e testando lugares e horários, até que você descubra qual o seu “ deserto” e qual a “sua madrugada”. O que não pode faltar, em nenhuma destas tentativas, é uma disposição sincera de ser surpreendido pela graça e amor de Deus! Só um aviso: prepare-se para grandes coisas!
Rev. Ézio Martins de Lima
Muito interessante Pastor Ézio...
ResponderExcluirDeus usou sua vida grandemente para me passar este recado me alertando que oração não é na hora q eu posso e nem no lugar que posso... Mas sempre!!!