Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? (Hebreus 2.2.
Ansiamos por vida verdadeira, que se expresse em
felicidade e paz real! E se por um pouco de tempo nos iludimos, não demora que fiquemos enfadados com falsas propagandas. O tédio da vida não é fruto desta insatisfação? Este desejo de uma vida abundante (e esta insatisfação com o que não nos sacia) é porque cremos que esta vida existe, assim como a sede pressupõe a existência da água.
A fé cristã é realista! A Palavra de Deus não nos engana jogando para debaixo do tapete o
diagnóstico do que somos. É trágico ser enganado ou viver no auto-engano. Que esperança pode haver para quem é enganado (ou se engana) de tal maneira que nem mesmo percebe sua real condi
ção miserável? Esperança nasce com a insatisfação com aquilo que se é e se vive, tendo em vista o que se pode ser e viver.
Nosso problema, dizem as Escrituras, é a tragédia do pecado. Pecado não é apenas
transgressão de uma lei moral, é uma vida fora do eixo, do plano, paralela, fora do propósito. Esta é a causa da insatisfação: é viver não vivendo segundo o propósito para o qual Deus nos criou para viver. Com isso, a morte assume o controle da existência; a culpa desmancha qualquer relacionamento significativo e a alienação nos faz pessoas estranhas e inimigas de Deus. Com um diagnóstico assim não pode haver dúvida: precisamos ser salvos!
Do ponto de vista de Deus, a salvação inclui a obra completa realizada por Cristo crucificado, mas também ressurreto, a fim de trazer as pessoas da morte para vida, da condenação para a justificação e da condição de estranhos para a de filhos de Deus. (I João 3.1).
A salvação é a maior e mais concreta demonstração de amor. Isto se prova pelo fato que Deus nos amou plenamente, estando nós atolados no pecado. Ele nos amou não porque somos bons ou porque esperasse alguma retribuição da nossa parte. Um Deus perfeito não precisa de complemento nem tampouco espera qualquer retribuição. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Na nossa salvação o único mérito é da graça de Deus, que avulta a realidade de que somente aqueles que são desclassificados pelo pecado podem ser aprovados pela Sua graça.
Uma vez salvos pela graça de Deus, somos salvos para as boas obras que a graça patrocina. Ninguém é salvo pelas obras que pratica, mas todos os salvos pela graça praticam as boas obras, como conseqüência da graça de Deus em suas vidas. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2.10).
A salvação com a qual Deus nos agracia torna-nos totalmente dependentes de Cristo. Tudo o que o cristão é, e tudo o que ele faz, depende da pessoa de Cristo. Por isso, a vida cristã se resume à inteira vinculação a Cristo. “Assim como Cristo é a raiz pela qual o santo cresce, ele é a regra pela qual o santo anda”.
No Amor dAquele que nos amou primeiro,
Rev. Ézio Martins de Lima
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