terça-feira, agosto 28, 2007

Uma Igreja Viva -Parte II-

Porventura, não tornarás a vivificar-nos,
para que em ti se regozije o teu povo?”.
Salmo 85.6

* Uma igreja que ora e busca avivamento!
Parrel Bridges disse que: “Avivamento não é tampa explodindo, mas fundo caindo. Não é trovoada nem terremoto, mas a Palavra santa de Deus falada na suavidade da brisa, para produzir a verdadeira vida”. Muitas pessoas se impressionam com os movimentos agitados e pensam que aí está a vida de Deus. Animação nunca significou que isto representa a operação do Espírito Santo. Por outro, é verdade que as pessoas motivadas pelo Espírito de Deus são entusiasmadas, vigorosas, enfim, cheias de vida!
No avivamento não é a alma que está no comando. O velho homem é motivado por sua alma, por isso, ele fica animado ou mesmo desanimado, dependendo dos estímulos. Mas o novo homem é acionado pela vida do Espírito de Deus no seu espírito vivificado (Efésios 2.1 e 5). Deus nos vivifica em Cristo para vivermos a vida avivada pela graça. Avivamento é, pois, a vida de Cristo dada a nós, depois de termos perdido a nossa vida na cruz, juntamente com Ele. (2 Coríntios 5.14b-15).
Edwin Orr disse que a melhor definição de avivamento é "tempos de refrigério... na presença de Senhor." Muitos confundem tempos de refrigério com tempos de refrigerante. Isto quer dizer: Tempos de boa vida. É assim que alguns interpretam o sentido do avivamento. É viver uma vida isenta de tribulações e com o maior progresso material. Contudo, o avivamento nos moldes bíblicos é Deus operando no seio do seu povo de um modo real, e este povo se levanta para enfrentar as circunstâncias mais adversas, pois, agora que ficou cheio da vida de Cristo está capacitado para desenvolver a missão de Cristo na terra. Assim, quando o Senhor aviva a sua Igreja ela se torna operante sem ser ativista; vigorosa sem ser meramente animada; piedosa sem ostentação, vivendo os tempos de refrigério, sem o menor comodismo. Uma igreja avivada pelo poder do Espírito Santo de Deus, vive a suficiência da vida de Cristo no temor do Senhor e na singeleza de coração, sem qualquer preocupação com o rufar dos tambores ou a turbulência das águas. Deste modo, o avivamento não é uma invenção terrena; é uma ação sobrenatural!
Todo verdadeiro avivamento se baseia fundamentalmente no caráter de santidade! A ênfase do real avivamento é o caráter de Cristo na vida do cristão. O caráter fala daquilo que o homem é no escuro, quando ninguém o vê. No avivamento de Deus há caráter e carismas (dons do Espírito), mas o caráter sempre precede os carismas. A árvore antecede ao fruto. Os carismas sem caráter é o fruto sem a árvore. É plástico e sem vida.
Deus aviva dando a vida de Cristo, e esta vida santa produz frutos de santidade e feitos santos no poder e comando do Espírito Santo. A vida de Cristo é o caráter. A ação do Espírito é o carisma. Todo aquele que foi salvo pela graça e goza da realidade viva de Cristo, também pode ser instrumentalizado pelo Espírito Santo, manifestando os dons da graça.
Se alguém apresenta manifestações de poder e não demonstra o caráter da santidade de Cristo, podemos dizer com segurança que não se trata dos dons do Espírito. O fruto do Espírito não é emocionalismo nem ortodoxia. É caráter. E os dons do Espírito nada tem a ver com a projeção de ministérios ou a confirmação do sucesso. O Espírito Santo vem habitar nos corações regenerados a fim de realizar a missão de Cristo delegada pelo Senhor. Antes de mandar a igreja para o mundo, Cristo mandou o Espírito para a igreja com a finalidade de capacitá-la com o seu poder, para o desempenho de sua missão principal: Pregar o Evangelho.
Por uma igreja viva,
No amor dAquele que nos amou primeiro,
rev. Ézio Martins de Lima

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