O conceito que temos sobre Missão é quase sempre “transcultural”. Quando pensamos em um missionário imaginamos alguém pregando o Evangelho em outro país, ou alguém que integralmente dedica-se como pregador em uma determinada localidade. Isto tudo é verdade, mas não é a verdade toda.
Esta compreensão parcial do que é Missão tem feito com que sejamos apáticos em nossa vida cristã e omissos em nossa responsabilidade para com o Reino de Deus. Creio que podemos fazer missão de três formas: com os joelhos no chão (oração), com a mão no bolso (contribuindo financeiramente) e com o pé na estrada (indo e pregando). Já ouvi alguns pregadores afirmarem: ‘se você não pode ir, contribua com quem vai; se não pode contribuir, ore por aqueles que foram’. Isto também é verdade, mas não é a verdade toda. Infelizmente esta verdade parcial serve quase sempre para justificar nossa letargia no que concerne à Missio Dei [1].
Devemos ter em mente que a Missão de Deus deve ser realizada pela Igreja “aqui”, “ali” e “acolá”. É verdade que alguns são chamados para pregar o Evangelho ‘ali’ e outros ‘acolá’, mas todos são chamados para pregar o Evangelho “aqui”! A Igreja, porque compreende globalmente a Missão, não esquece que precisa vivê-la também localmente. A compreensão da totalidade da verdade sobre a Missão não permite que nos esqueçamos dos desafios de perto: o crescimento da igreja local, os pobres e necessitados na esquina, a responsabilidade da evangelização em nosso bairro e a necessidade de sermos uma bênção para nosso vizinho.
A compreensão da Missão da Igreja passa, portanto, pela compreensão de nossa própria vocação. Ser cristão é ter consciência de que se é eleito, chamado, vocacionado e enviado: “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso SENHOR (...) antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; (II Timóteo 1 :8-9)
Os eleitos, conscientes de sua vocação, não se envergonham do Evangelho e, por isso, crêem na possibilidade de serem, ao mesmo tempo, uma bênção para os de perto e para os de longe! Isto acontece somente quando nos dispusermos a transpor o abismo que separa nossa confissão da nossa ação; quando somarmos à ortodoxia a ortopraxia; enfim, quando o que cremos no coração não destoar daquilo que pratica a nossa vida.
A compreensão da Missio Dei refletirá naturalmente em nossa auto-compreensão do ‘ser cristão’ e, conseqüentemente, em nossa eclesiologia. Em outras palavras, compreendendo a Missão, compreendo o propósito da minha própria vida no contexto do Reino de Deus, bem como o propósito da minha vida e vocação na igreja local. A compreensão da Missio Dei leva-nos a compreender e viver a igreja consoante ao conceito bíblico.
Num conceito neotestamentário "Igreja" é uma comunidade sem fronteiras e, portanto creio que há necessidade de sacramentalizarmos mais os "santos" e menos os "templos". Missões não é um programa eclesiástico, é a respiração da Igreja. Lembro que entre a tribo Konkomba há uma expressão que diz: “respiração é vida – não é preciso pensar para respirar; não é preciso pensar para viver” (...) Algo que precisamos entender agora é que não se consegue proclamar realmente o evangelho sem primeiro ser realmente evangélico, no conceito de Deus. Começaremos a fazer Missões à medida que formos santos perante o Senhor! [2]
Depois de meditarmos nestas importantes questões, podemos responder as perguntas do nosso título:
Se não for aqui, onde?
Se não for agora, quando?
Se não for você, quem?
Esta compreensão parcial do que é Missão tem feito com que sejamos apáticos em nossa vida cristã e omissos em nossa responsabilidade para com o Reino de Deus. Creio que podemos fazer missão de três formas: com os joelhos no chão (oração), com a mão no bolso (contribuindo financeiramente) e com o pé na estrada (indo e pregando). Já ouvi alguns pregadores afirmarem: ‘se você não pode ir, contribua com quem vai; se não pode contribuir, ore por aqueles que foram’. Isto também é verdade, mas não é a verdade toda. Infelizmente esta verdade parcial serve quase sempre para justificar nossa letargia no que concerne à Missio Dei [1].
Devemos ter em mente que a Missão de Deus deve ser realizada pela Igreja “aqui”, “ali” e “acolá”. É verdade que alguns são chamados para pregar o Evangelho ‘ali’ e outros ‘acolá’, mas todos são chamados para pregar o Evangelho “aqui”! A Igreja, porque compreende globalmente a Missão, não esquece que precisa vivê-la também localmente. A compreensão da totalidade da verdade sobre a Missão não permite que nos esqueçamos dos desafios de perto: o crescimento da igreja local, os pobres e necessitados na esquina, a responsabilidade da evangelização em nosso bairro e a necessidade de sermos uma bênção para nosso vizinho.
A compreensão da Missão da Igreja passa, portanto, pela compreensão de nossa própria vocação. Ser cristão é ter consciência de que se é eleito, chamado, vocacionado e enviado: “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso SENHOR (...) antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; (II Timóteo 1 :8-9)
Os eleitos, conscientes de sua vocação, não se envergonham do Evangelho e, por isso, crêem na possibilidade de serem, ao mesmo tempo, uma bênção para os de perto e para os de longe! Isto acontece somente quando nos dispusermos a transpor o abismo que separa nossa confissão da nossa ação; quando somarmos à ortodoxia a ortopraxia; enfim, quando o que cremos no coração não destoar daquilo que pratica a nossa vida.
A compreensão da Missio Dei refletirá naturalmente em nossa auto-compreensão do ‘ser cristão’ e, conseqüentemente, em nossa eclesiologia. Em outras palavras, compreendendo a Missão, compreendo o propósito da minha própria vida no contexto do Reino de Deus, bem como o propósito da minha vida e vocação na igreja local. A compreensão da Missio Dei leva-nos a compreender e viver a igreja consoante ao conceito bíblico.
Num conceito neotestamentário "Igreja" é uma comunidade sem fronteiras e, portanto creio que há necessidade de sacramentalizarmos mais os "santos" e menos os "templos". Missões não é um programa eclesiástico, é a respiração da Igreja. Lembro que entre a tribo Konkomba há uma expressão que diz: “respiração é vida – não é preciso pensar para respirar; não é preciso pensar para viver” (...) Algo que precisamos entender agora é que não se consegue proclamar realmente o evangelho sem primeiro ser realmente evangélico, no conceito de Deus. Começaremos a fazer Missões à medida que formos santos perante o Senhor! [2]
Depois de meditarmos nestas importantes questões, podemos responder as perguntas do nosso título:
Se não for aqui, onde?
Se não for agora, quando?
Se não for você, quem?
Soli Deo Gloria
Rev. Ézio Martins de Lima
[1] Missio Dei – (Missão de Deus). O termo foi cunhado a partir da compreensão de que a Missão é de Deus, e não da Igreja; esta recebe o mandato e o privilégio de ser cooperadora de Deus, enquanto instrumento na pregação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
[2] Rev. Ronaldo Lidório.
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