quinta-feira, setembro 28, 2006

SOBRE VIDEIRA E RAMOS...


“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”
João 15.5

Necessito permanentemente reconhecer minha dependência de Deus, pois sou tentado de todas as maneiras, e em todos os momentos, a considerar-me autônomo, independente, auto-suficiente. Contudo, o que será do ramo da vide fora da videira? Manterá momentaneamente a aparência de vida; será tão somente um verde efêmero ameaçado de morte. Quantas pessoas, entre aquelas que se confessam cristãos, são comparáveis aos “ramos cortados” aos quais o Senhor Jesus se refere. Separados da vide, são nada mais que mera aparência de vida. Apresentam-se como ramos que não entusiasma quem os contempla; jamais, diante deles, alguém exclamará: “Está cheio de vitalidade!” Porque neles o caráter de Cristo não foi forjado, o conhecimento da verdade da Palavra de Deus não foi arraigado e neles não se encontra o viço da Vida plena outorgada pelo Espírito Santo. Torna-se, pois, evidente que lhes falta o principal! Falta-lhes estar ligado à fonte, à raiz, à própria vida, que é a pessoa de Jesus Cristo.
O texto aponta para uma realidade espiritual maravilhosa! Diz-nos que os ramos ligados à videira produzem muito fruto. A videira completa-se, exprime-se, afirma-se no seu ramo. Em suas folhas, flores e no fruto do seu ramo, a videira deleita-se! Que tremenda mensagem ao nosso coração! Deus, em Sua soberania e graça, aprouve usar-me como instrumento de expressão da Sua graça e amor. Se eu for o ramo ligado à videira, o milagre da vida de Deus e do Seu fruto manifestar-se-á através de mim; serei curvado ao peso dos frutos gloriosos da Graça!
Contudo, o cutelo do juízo entra em ação quando o ramo, ao invés de se curvar ao peso dos frutos, ergue-se em uma autonomia tola. Sozinho, o ramo vale coisa alguma. O ramo só tem valor se estiver ligado à videira e dela receber a seiva que lhe dá a vitalidade e a possibilidade de produzir o fruto. Sem tal dependência, o ramo torna-se um estorvo e, por isso, precisa ser definitivamente cortado. “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam”. João 15.6
Que Deus me livre de uma autonomia que pode ser fatal! É loucura não escuta-lO quando adverte: “Permanecei em mim...” (João 15.4).
No amor dEle,

Ézio Martins de Lima, rev.

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